Eu tenho 27 anos. Nasci Flamengo, mas não era Flamengo até 2006. Eu nem gostava de futebol na verdade, não entendia direito as regras. Graças à insistência da minha irmã Vanessa, eu me tornei um flamenguista doente.
Desde então, eu passei por muita coisa. Quase caímos algumas vezes, endeuzamos jogadores medianos tantas outras e passamos inúmeras vergonhas. Fomos treinados por treinadores bons, ruins e medianos. Com elencos bons, ruins e medianos. Vencemos, perdemos e empatamos.
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E esse é, sem exagero algum, o pior Flamengo que eu vi na vida. Houve momentos em que – com um time limitado – jogamos com três volantes, todo atrás, se agarrando no 1 a 0 para conquistar aqueles três pontos necessários para se salvar do rebaixamento. Vi Flamengo de Papai Joel me dar esperanças e vi o Flamengo e Rogério Lourenço me tirar esperanças.
Vi o Flamengo novo rico decepcionar e ser eliminado na fase de grupo da Libertadores. Mas nunca em toda minha vida assisti um Flamengo que me deu tanta tristeza em campo. Vitor Pereira criou um time que dá pena de ver em campo.
Vasco nos dominou no último jogo da semifinal do Carioca. Contra o Fluminense, nesse primeiro jogo da final, o técnico abdicou da qualidade técnica pra tentar sobrepor o adversário fisicamente. Assim como o Vasco, Fluminense também nos dominou. Como resultado disso, assistir o Flamengo em campo foi um sofrimento inenarrável. É triste, é revoltante.
Em síntese, Vitor Pereira transformou o melhor time da América em um time que não funciona. E ainda há aqueles que dizem que precisávamos trocar porque “o time estava em declínio no fim do ano”.
Piada!
Renato Veltri é advogado, formado pela UFRJ em 2019 e flamenguista formado por sua irmã, Vanessa, na final da Copa do Brasil de 2006. Twitter: @veltri_renato.
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