Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim ainda não conseguiu marcar reunião com os dirigentes da Caixa Econômica Federal para negociar a construção de estádio na região do Gasômetro. A expectativa do mandatário rubro-negro era de encontro nesta semana, mas ainda não há data definida. A informação é do jornalista Athos Moura, do “O Globo”.
No início de novembro, Landim foi à posse do novo presidente do banco estatal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, para estreitar relações e conseguir a reunião. O mandatário rubro-negro pretende apresentar o projeto inicial para erguer estádio e iniciar negociações pela compra do terreno.
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Em entrevista recente, o presidente da Caixa tratou o Flamengo como um “expoente” do esporte. Ele admitiu a possibilidade de negociação e cogitou criação de PPP (parceria público-privada). Contudo, Rodolfo Landim afirma que o clube não tem interesse de criar uma sociedade.
O terreno do Gasômetro, que possui 86.592,30 m², faz parte do Porto Maravilha, operação criada pela prefeitura para revitalizar a Zona Portuária do Rio de Janeiro. O projeto teve investimento de R$ 5 bilhões via FI-FGTS, mas falhou e o prejuízo atual é de R$4,2 bilhões, restando R$ 730 milhões no fundo.
Dessa forma, Landim afirma que as negociações podem resultar em valor de aquisição negativo. Ou seja, o clube pode ser pago para ter o terreno. O Fla montou uma equipe responsável pelo estudo do local e o objetivo é apresentar proposta que comprove o retorno que o estádio pode gerar.
“Pode até chegar a um valor negativo, tamanho o potencial que o Flamengo possui. O terreno em si, pois os CEPACs podem ser transferidos para outras áreas. Queremos demonstrar que tem retorno. Mas o valor será uma queda de braço. Numa negociação só há acordo se o valor mínimo de quem aceita vender for menor do que o máximo do que outro está disposto a pagar. Para isso precisamos de um estudo bem fundamentado que está em andamento. Só não quero que sejam sócios. O terreno e o estádio serão do Flamengo”, diz Landim.
Estádio do Flamengo pode revitalizar região do Gasômetro
Apesar do projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro não ter dado o resultado esperado, o Flamengo acredita que pode revitalizar a região do Gasômetro. Afinal, além de grande capacidade, o estádio rubro-negro pode oferecer atrativos para o público também em dias sem jogos e atrair pessoas todos os dias.
Rodolfo Landim projeta o surgimento de um complexo comercial na região com a chegada do Flamengo. A valorização é de interesse da prefeitura e da própria Caixa Econômica Federal. O banco possui outros terrenos e imóveis na região que também seriam valorizados.
“A minha tese é a seguinte. Existem inúmeros terrenos ali. Se o clube tiver um deles, valorizaria os demais que estão em volta. Seria a chance de fazer decolar a região com o surgimento de todo um complexo comercial. Shopping, hotéis, etc. Foi esse o argumento que comecei a utilizar nas conversas com o pessoal da Vinci Partners.”, complementa.
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