Depois de fazer bom trabalho no Bahia em 2017, Paulo César Carpegiani chega ao Flamengo após saída de Rueda. Veja o estudo que Rodrigo Coutinho fez sobre o comportamento coletivo da equipe baiana.
Novo técnico do Flamengo após o pedido de demissão de Reinaldo Rueda, Paulo César Carpegiani fez um bom trabalho no Bahia em 2017. Fiz um estudo sobre os comportamentos coletivos da equipe dirigida por ele e os trago aqui. Um time escalado na maioria das vezes no 4-1-4-1 e que buscava propor por jogo, apesar de levar mais perigo nas transições ofensivas em velocidade.
48% de posse de bola foi a média do Bahia sob o comando do novo técnico rubro-negro. Um time que tentava controlar o jogo através da pose e até apresentou alguns mecanismos interessantes ofensivos, mas defensivamente tinha dificuldades de intensidade na abordagem de marcação. Sob o comando de Carpegiani o Bahia seria o sexto time que mais trocou passes na Série A, mas o percentual de acerto não era tão alto(79%). 86% dos passes dados eram curtos e a presença no último terço do campo era alta. 1 de cada 3 passes lá.
Faltava uma coordenação maior em fase ofensiva. Apesar de ocupar bem os espaços, no terço final do campo não envolvia tanto. Por isso o grande número de passes trocados, um pouco incompatível com as 11 finalizações por jogo. O número baixo de passes chave(assistências para finalização) por jogo também é outro indicativo disso.
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Defensivamente o Bahia de Carpegiani não tinha números relevantes. 24 desarmes por jogo e 14 interceptações de bola. Uma equipe que oscilava demais na intensidade em fase defensiva e com problemas no balanço defensivo. Atacava sem o número necessário de jogadores por trás da linha da bola para impedir contra-ataques perigosos. O alto número de faltas cometidas corrobora isso.
E o fato de ser a equipe que mais sofreu faltas mostra a capacidade do Bahia de Carpegiani com espaços. No gráfico da origem dos gols marcados sob o comando de Carpegiani vemos a quantidade de gols de pênalti. Quase todos eles sofridos em transições ofensivas. Edgar Junio foi o grande expoente dessa realidade. Vejam o alto percentual de gols em contra-ataques. A bola aérea ofensiva também era uma força.
Já no gráfico de gols sofridos, vemos que o lado direito da defesa, onde Eduardo atuava, era o mais frágil. Faltou proteger mais o setor. Alerta ligado para Trauco no Fla. A bola parada defensiva, com sistema de marcação individual, também foi um problema para o Bahia de Carpegiani. Com a bola rolando o Bahia marcava sob o sistema de encaixes no setor e perseguições curtas. O mesmo de Rueda no Flamengo e Zé Ricardo também. No Tricolor de Aço o problema era a intensidade, muito irregular, dava liberdade ao adversário que tinha a bola muitas vezes.
Um exemplo de algo que passou a funcionar defensivamente a medida que os jogos foram se desenvolvendo: os volantes preenchiam a última linha de defesa quando o lateral saía para dar combate e também fechavam o “funil”, a entrada da área.
Havia uma chegada muito forte pelo lado direito quando estava em fase ofensiva, mas não conseguiu nenhum gol pelo setor pelos muitos erros de cruzamento de Eduardo e tomadas de decisão equivocadas. Rodinei pode ser este jogador no Flamengo, mas assim como o atleta do Bahia, precisa melhorar na tomada de decisão final das jogadas.
O Bahia de Carpegiani
Um provável Flamengo de Carpegiani
Imagens do post: Rodrigo Coutinho. Foto destacada no post e redes sociais: Gilvan de Souza / Flamengo.
Rodrigo Coutinho é assessor de imprensa da Mocidade Independente. Colunista do site Linha Alta e comentarista na rádio Mais Esportes
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