Ronaldo Fenômeno e Romário são dois dos mais importantes atacantes da história do futebol brasileiro. Quando o assunto era grande área, os dois craques conheciam o lugar como ninguém. Inclusive, na Copa de 1994, os goleadores foram tetracampeões do mundo pela Seleção Brasileira.
Os dois gênios da grande área estavam em estágios diferentes da carreira. Romário era o cara do time, o que definia os jogos e sobre quem recaía as responsabilidades nas horas decisivas.
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Já Ronaldo, na época Ronaldinho, era um menino prodígio de 16 anos. Apesar de inexperiente, já era apontado como um fenômeno que lideraria o ataque canarinho nos próximos anos.
Na Copa de 1994 o time comandado por Zagallo tinha em seu ataque titular Romário e Bebeto, mas o desejo do baixinho era que Ronaldo também fosse titular, o que facilitaria a vida da Seleção. A revelação foi feita pelo próprio Ronaldinho.
“O Romário queria que eu jogasse, queria que o ataque fosse eu, ele e o Bebeto. E ele chegou para mim e disse ‘vou dar entrevista, vou falar que eu quero que você jogue, você só me acompanha e vai dar tudo certo’. Ele deu entrevista e começou aquela semana todo mundo pedindo para que eu jogasse, formasse um trio no ataque. Aí vieram me perguntar e eu falei na minha humildade, com medo de falar, não sabia o que dizer. Eu falei ‘oh, eu quero jogar, mas quem decide é o Pareira. Não quero me intrometer’, uma resposta tranquila. No dia seguinte veio o Romário, ‘chega aí, garoto. Quero falar contigo. Vem cá seu moleque, porra, cara! Tu não quer jogar, não caralho? Porra, quando eu fala para tu falar que quer jogar, é para tu falar que quer jogar. Não é o treinador! Tu tem que falar o que eu falei’. Me deu um esporro. Eu assustado, ‘sim, senhor”, disse.
Dupla ‘RoRo’ nunca entrou em campo em Copas
Apesar da vontade de Romário, Ronaldo foi reserva durante toda a Copa do Mundo de 94 e sequer entrou em campo. Os gols não fizeram falta, uma vez que a dupla Bebeto e Romário era super entrosada e marcou oito gols, em sete jogos.
Três para Bebeto e cinco para Romário. No final, título para o Brasil e o fim do jejum de 24 anos sem conquistar o troféu de Campeão Mundial de Seleções.
No ciclo 1995/98 a dupla RoRo, a mais badalada do anos 90, era titular da Seleção de Zagallo, mas antes da estreia da Copa de 98 Romário foi cortado pois a comissão técnica alegou que ele não conseguiria se recuperar a tempo de uma lesão na panturrilha direita, o que o baixinho sempre negou.
No ciclo 99/2002, quando o Brasil conquistou o pentacampeonato, Romário não foi chamado por Felipão, que fechou com a família Scolari.
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