Uma reavaliação ao final da temporada será feita com base no que já vem sendo planejado e Rogério Ceni não deve fazer parte
A coluna apurou que o técnico Rogério Ceni não deve continuar no Flamengo ao final da temporada. Se com a torcida o seu nome perdeu o apoio, internamente também. Como o MRN mostrou no começo do mês, a avaliação do trabalho não é satisfatória. Entretanto, sem um profissional para assumir na reta final do Campeonato Brasileiro, segue à frente da equipe por enquanto.
Desde a saída de Domènec Torrent, em novembro, o nome de Rogério Ceni era um consenso interno. Contudo, os maus resultados o fizeram perder apoio e até o respaldo para a sequência. Internamente a avaliação é de que a equipe piorou mesmo com as condições que o antecessor não teve, como diversas semanas livres para treinos.
Com apoio do vice-presidente de futebol, Marcos Braz, Ceni se viu pressionando pela saída da ala do vice de relações externas, Bap. Outros setores do clube também estariam insatisfeitos com o trabalho. Porém, a falta de um nome para substituí-lo é visto como empecilho para demissão.
Na reta final do Brasileirão, a diretoria não vê como algo acessível um profissional que tope assumir o clube faltando apenas sete jogos. Entretanto, como apurou o GE nesta segunda, 25, a busca por uma “solução caseira”, como afirma o texto, vem sendo amadurecida.
Após o término da atípica temporada, uma reavaliação geral será feita com base no que já vem sendo planejado. E o nome de Ceni não deve fazer parte dele. Apesar das especulações internas, Renato Gaúcho não é bem visto na política do clube e dificilmente seria viável junto ao chamado conselhinho. A busca por um treinador internacional é pauta constante.
Manifestações do elenco também irritam diretoria
As constantes manifestações de insatisfação do elenco, jogando a torcida contra o profissional, também incomodam os dirigentes do Flamengo. A avaliação é de que além de um ambiente tenso, os jogadores estariam fugindo das suas funções. O departamento de futebol já conversou internamente com os atletas sobre o assunto e deve ser pauta novamente durante a semana.
Na derrota para o Athletico por 2 a 1, em Curitiba, o atacante Gabigol voltou a ser flagrado gesticulando de forma efusiva. Segundo Ceni, o jogador reclamava da falta de oportunidades no ataque. Foi a segunda vez em menos de um mês que o artilheiro dá sinais públicos de insatisfação. A outra foi contra o Ceará, no Maracanã.
Durante o revés rubro-negro por 2 a 0, o comentarista Roger Flores alertou para o atacante sem a camisa de jogo e chuteira no banco de reservas. À época, o caso foi conversado durante os treinamentos e tratado como “resolvido”.