O técnico Jorge Sampaoli usou sua conta no Instagram para se pronunciar pela primeira vez sobre o caso de agressão envolvendo um auxiliar seu e o atacante Pedro. Na madrugada, o jogador prestou queixa na delegacia após levar um soco no rosto do preparador físico Pablo Fernández no vestiário após a vitória contra o Atlético-MG.
“O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas no momento não importam”, escreveu o técnico.
Leia mais: Quem é Pablo Fernández, auxiliar de Sampaoli que deu soco em Pedro
Sampaoli não condenou a agressão de Fernández, com quem trabalha e de quem é amigo há mais de três décadas. Apenas manifestou de maneira geral ser contrário à violência e a favor da conversa para resolver disputas.
“Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio”, afirmou.
Sampaoli assume responsabilidade como ‘condutor da equipe’
Pablo Fernández foi suspenso por agredir um torcedor quando trabalhava com Sampaoli no Olympique de Marselha, em 2021. Mesmo assim, o técnico manteve o preparador físico na sua equipe. E, embora não tenha dito explicitamente, ele pareceu defender que o auxiliar não seja demitido e receba uma segunda chance.
“Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor”, escreveu.
Sampaoli assumiu responsabilidade pelo incidente enquanto comandante do Flamengo:
“Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.”
O treinador encerrou sua mensagem mandando um recado a Fernández e a Pedro:
“Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar. Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo.”
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