Dedo de Sampaoli faz Flamengo ter pior marca em 5 anos

O Flamengo encerrou a temporada com derrota para o São Paulo, nesta quarta-feira (6). O Rubro-Negro fez um ano de 2023 muito conturbado fora e dentro de campo, com vices, vexames, atuações apáticas em jogos chave, agressões e três treinadores. Um desses técnicos teve péssimos números ofensivos e é um dos responsáveis pelo Fla ter o pior ataque dos últimos cinco anos: o argentino Jorge Sampaoli.

O Flamengo marcou 125 gols em 76 partidas da temporada, média de 1,6 gol por jogo. Desde 2019 o Rubro-Negro marca ao menos 130 gols por ano e mantém a média sempre superior a 1,79 gol por partida. Ou seja, a marca de 2023 é a pior desde a temporada de 2018, quando o time marcou 94 vezes com média de 1,4 por jogo.

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Os piores números do time na temporada são com Jorge Sampaoli, treinador com mais jogos pelo Fla no ano. Foram 39 partidas sob o comando do argentino e marcou 63 gols, uma média de 1,62 gol por jogo. Os números da equipe com o treinador estão abaixo de todas as estatísticas de técnicos após a saída de Jorge Jesus.

O trabalho do argentino marcou a perda da força e eficiência ofensiva do Flamengo, característica dos últimos anos. Apesar dos resultados muito ruins com Vitor Pereira no início do ano, o problema do time era essencialmente a parte defensiva. Isso porque o Fla teve média de dois gols por jogo com o português: 36 gols em 18 jogos.

A média de gols com Tite é levemente inferior de que com Sampaoli, mas o treinador tem apenas 12 jogos com o time. Além disso, é importante ressaltar Adenor chegou ao clube após a perda de todos os títulos e fez trabalho de recuperação com os atletas. A média de gols caiu para 1,5, mas o número de gols sofridos desceu para 0,9 pela primeira vez no ano e o time terminou o Brasileiro no G4.

Veja os números do Flamengo nos últimos cinco anos:

Tite evita apontar responsável por ano ruim do Flamengo

Questionado sobre a fala de Filipe Luís, que responsabilizou os atletas pelo ano do Flamengo, Tite dividiu a culpa entre todos que passaram no clube. O treinador entende que o fracasso ou sucesso de uma equipe nunca é responsabilidade de apenas uma parte do trabalho. Ou seja, as comissões técnicas e os dirigentes também têm sua parcela de culpa.

“Se eu tivesse a resposta, eu não diria publicamente. Entendo que o profissional deva acertar a portas fechadas. Com todo respeito ao Filipe Luís, ele trouxe uma situação que não é só dele. Fica muito simplista. É atleta e comissão técnica, é atleta e direção, é atleta e relação com a torcida. Perdemos para o Atlético-MG, e o carinho foi surreal. Eu não tinha presenciado. Esse conjunto da obra que te leva a ser campeão ou perder”, disse Tite, ao ser questionado sobre declaração do lateral-esquerdo, que afirmou que a responsabilidade era toda dos jogadores