Sem a participação de Marcos Braz, a Câmara dos Vereadores do Rio aprovou por unanimidade, em segunda e última votação, o projeto que permite a transferência de potencial construtivo de São Januário para financiar a reforma do estádio do Vasco. O Flamengo pretende usar o mesmo instrumento para comprar um terreno no Gasômetro para construir seu estádio próprio.
Braz participou, no início do mês, da votação em primeiro turno, e votou favoravelmente à operação. Desde então, ele criou uma comissão e uma frente parlamentar para que a Câmara estude a compra do terreno pertencente a um fundo administrado pela Caixa Econômica Federal pelo Flamengo.
➕Vereadora que livrou Braz de inquérito integra comissão sobre estádio do Flamengo
Na segunda-feira, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, com o prefeito Eduardo Paes para discutir a operação no Gasômetro. Na reunião, os dois teriam decidido estabelecer um cronograma para que a Caixa responda sobre a venda do terreno ao Flamengo antes que o prefeito cumpra sua ameaça de desapropriar a área.
Flamengo pode precisar mudar lei para usar mesmo instrumento que Vasco em São Januário
Trinta e três dos 51 vereadores já se posicionaram a favor da operação para transferência de potencial construtivo da Gávea para a compra de terreno, mas o apoio pode não ser o bastante para viabilizar a operação. Como o MRN publicou nesta segunda-feira, o Flamengo pode precisar mudar o Estatuto da Cidade, lei federal, para usar o potencial construtivo da Gávea, já que não é proprietário do terreno, cedido pelo governo do Estado.
Sem Braz, a defesa do estádio do Flamengo na sessão coube ao vereador Alexandre Beça (PSD):
“Queria parabenizar o Vasco da Gama pela conquista e dizer que tem na Câmara também uma PEC [sic] muito importante do estádio do Mengão, espero todo o apoio e todo o empenho de todos os vereadores”.
Na realidade, ainda não há projeto de lei na Câmara para o estádio do Flamengo.
O Vasco pretende iniciar as reformas de São Januário ainda este ano, após a sanção do prefeito Eduardo Paes. Isso pode significar que o clube tente mandar jogos no Maracanã no restante da temporada. A previsão do presidente Pedrinho é que São Januário fique fechado por até três anos para a reforma.
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