Quando o Flamengo entrar em campo neste sábado, para enfrentar o Atlético Goianiense, terá um pouco menos de torcida na Terra. Não em números, já que a Magnética só cresce, como O Globo e Ipec acabaram de demonstrar em comentada pesquisa. Falo da intensidade e da autoridade de rubro-negrismo do Aruan Campelo, que a essa altura já deve estar ao lado de Jayme de Carvalho, Milton Gonçalves e tantos outros dos nossos lá em cima.
Gente boa que foi, imagino que a passagem de Aruan tenha sido tão rápida quanto o intervalo entre os gols do Gabi naquela virada sobre o River Plate. Aliás, já se passaram quase três anos do bi da Libertadores, mas parece que foi ontem.
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Como também fica a sensação de que são todos recentes nossos papos sobre Flamengo, cujos recortes se confundem por acontecerem com tanta frequência: no Twitter, no privado do WhatsApp ou no grupo “Desde 1895”, que ele mesmo criou. Os dinossauros da internet lembram até da presença do Aruan em comunidade de Orkut. Que pena tantas destas resenhas não terem sido numa mesa de bar!
Mas, acho que o “Aruba” — como o chamava Leonardo Bertozzi — já está se ajeitando no andar superior, porque hoje tem Mengão em campo e, com Pedro jogando barbaridade, é claro que ele não quer perder. Quem sabe até tenha dado tempo de espiar a molecada sub-16 conquistando ontem a Brasil Soccer Cup, que tem um bonito troféu.
Não tão belo quanto os do Palma de Mallorca e aqueles outros torneios no exterior, ou então o que os jovens remadores do século XXI foram buscar na Holanda mês passado, mas acho que Aruan iria sugerir que também o incluíssem no museu que nunca sai do papel, quem sabe num espaço destinado à base.
Por falar em troféu, nosso amigo já deve ter encontrado Mário Filho lá em cima, para esclarecer de vez se a história dos votos vascaínos jogados nas latrinas do Jornal do Brasil realmente aconteceu ou se foi conversa pra tirar sarro com português. É que o também saudoso Edilberto Coutinho reproduziu em livro, e teve gente levando a sério, mas faz muito mais sentido a versão recente do Assaf, de que os escoteiros bem vestidos fizeram a diferença e levaram a Taça Salutaris para a sede do Mais Querido (de fato e de direito).
Imagino também os papos com o Bruno Lucena, revivendo aquele jogo do Esporte Interativo de que este participou, para testar quem sabe mais de Flamengo. É “briga” de urubu grande!
Quando estiver com São Judas Tadeu, tomara que peça a ele para interceder pela causa difícil, mas ainda não impossível do enea brasileiro este ano. Na Copa do Brasil e na Libertadores, a fase iluminada do esquadrão de Dorival vai dando um jeito, e a gente vai chegando, como sempre gostou de chegar…
No mais, se existir rede social no céu, com certeza já tem um grupo sobre o Flamengo nos esperando para quando for a nossa hora de subir. Torcedores como o Aruan nos fazem até desconfiar da máxima de que só se é Flamengo até morrer.
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