O Conselho Deliberativo do Flamengo votou pautas nesta segunda-feira (09), e elas dividem opiniões. A principal delas é a limitação de sócios off-Rio, que agora é de apenas 1000 sócios. Isso implica em uma parcela menor de votantes, o que pode implicar, como resultado, em uma concentração de poder, evitando que opositores tenham vez.
De acordo com a emenda, “o quadro de Associado Contribuinte Off Rio fica limitado a vinte por cento (20%) da totalidade dos associados contribuintes, não podendo exceder ao número de mil (1000) associados”.
A pauta foi aprovada, e um dos argumentos principais para isso foi de que um grande número de sócios off-Rio poderiam, até mesmo, “decidir por uma venda do clube”. A maioria, porém, seguiu outra linha de argumentação.
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Os sócios que votaram a emenda no Conselho Deliberativo entendem que os proprietários pagam mais caro para terem direitos políticos, e os sócios off-Rio devem ficar mais limitados por conta disso. A categoria abrigará associados com residência a partir de 100km do município do Rio de Janeiro. Conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo, o valor pago pela categoria “Off-Rio” será de R$ 201 – 75% do associado contribuinte, que, hoje, paga R$ 268.
Criada em 1995, na gestão do presidente Kleber Leite, a categoria ‘Off-Rio’ abrange torcedores que não moram no Rio de Janeiro. Mesmo sem estar regulamentada no estatuto do clube, a sócio contribuinte não residente no RJ sempre votou e participou normalmente da política do Fla.
Marcos Braz segue podendo acumular cargos políticos com cargo no Flamengo
Mas essa não foi a única votação desta noite. Uma delas foi sobre o a permissão do sócio de continuar participando com poderes no Flamengo durante processo eleitoral. Recentemente, Marcos Braz se candidatou e venceu a eleição para se tornar vereador no Rio de Janeiro, e pode se candidatar à ALERJ ou Congresso, principalmente após o resultado da votação no Flamengo.
Isso porque após a votação, segue permitido que o cartola não perca seus direitos ou seu cargo dentro do clube por conta de sua atuação ou candidatura à cargos políticos. Portanto, Marcos Braz segue podendo exercer sua função no Ninho do Urubu. Segundo o jornalista Renan Moura, o diretor de relações externas do Flamengo, Cacau Cotta, defendeu Marcos Braz durante a votação.
“Cacau Cotta defendeu Marcos Braz durante a reunião do CODE e segue permitido ao sócio a participação nos poderes do Flamengo durante processo eleitoral. Com isso, o vice-presidente de futebol pode continuar à frente da pasta, caso venha como candidato à ALERJ ou Congresso”, diz o jornalista.