Diretor executivo de futebol do Flamengo, Bruno Spindel rebateu as declarações de Rodrigo Caetano comparando as folhas salariais do Rubro-Negro e do Atlético-MG. Na última semana, o dirigente do clube mineiro afirmou que o Fla paga “praticamente o dobro” que o Atlético aos seus jogadores por mês.
Em entrevista ao UOL, Bruno Spindel garantiu que o Flamengo tem folha salarial de R$ 25 milhões incluindo direito de imagem e 13º salário dos atletas. O clube lidera o quesito com certa vantagem no Brasil, mas o dirigente rubro-negro não acredita que seja o dobro do valor pago pelo Atlético-MG. Afinal, apontou que o atacante Paulinho deve ser um dos atletas de maior salário do país.
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“O Atlético-MG fez uma comparação com o Flamengo que não me parece justa. Não sei a folha do Atlético. Mas não acredito que a folha seja metade do que a do Flamengo. Um jogador que chegou livre, Paulinho, deve ser o jogador do Brasil, contabilizadas todas as despesas, o mais bem remunerado. Veio livre. Quando ocorre uma transferência livre, tudo é contabilizado na folha do Flamengo. “
O dirigente rubro-negro frisou que todos os gastos estão dentro dos orçamentos. Spindel garante que índice de gastos com salários do Fla está entre os níveis mais baixos de controle no futebol europeu. Por fim, detalhou como o clube seguiu evolução na pandemia de Covid-19 para atingir o patamar atual.
“Se for olhar a folha de salarial mais amortização de direitos econômicos (custo com o futebol), é um pouco acima de 50% da receita recorrente. Está nos níveis mais baixos de controle feitos na Europa. Ao longo de todos os anos, clube gerou mais receita com venda do que empenhou em compra. Teve contribuição fundamental (as vendas de jogadores) para que o clube atravessasse a pandemia.”
Dirigente do Flamengo cobra fair play financeiro no Brasil
Ao dizer que o Flamengo é um clube responsável, Spindel cobrou a implementação de fair play financeiro no Brasil. O mecanismo iria impedir que clubes firmassem acordos que não podem cumprir para montar time competitivo. Caso contrário, as entidades do futebol poderiam aplicar punições.
No Brasileirão, ainda é comum equipes atrasarem salários de seus jogadores ao longo da temporada. Campeão da Copa do Brasil, o São Paulo atrasou pagamentos de seus jogadores por exemplo. Para Bruno Spindel, o Fair Play é necessário até ter um futebol responsável e também por questões éticas.
“Eu me preocupo em gerir o meu clube. Pelo Flamengo, teria fair play financeiro no Brasil ontem. O Flamengo não faz uso de práticas que diversos clubes brasileiros fazem para competir por títulos. Flamengo não atrasa imagem, salário, compromisso que é devido, imposto, comissionamento, 13º, férias, compromissos com o governo. Flamengo é responsável. Não se vê ocorrer transfer ban aqui. E mantendo a credibilidade. “
“Não vai usar esse tipo de prática. Você não vê o Flamengo correndo atrás de empréstimo para pagar compromisso. É um sinal de responsabilidade. Ter um caixa saudável. Esse é um sinal importante ao mercado. Jamais o Flamengo vai assumir um compromisso que não possa cumprir. Isso é central para os princípios éticos”
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