Não foi desta vez que o Flamengo definiu sua situação com o Banco Central. O processo estava agendado para ser votado nesta terça-feira (19), mas um dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça pediu vistas e adiou a decisão. Não há data definida para o processo voltar a ser apreciado. Dois dos 5 ministros já votaram. O placar está em 1×1.
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O Rubro-Negro tem uma ação anulatória que reduz a cobrança de R$ 127 milhões para de R$ 10 milhões a R$15 milhões. O clube já tem um voto a favor no processo. O jurídico rubro-negro está confiante por um triunfo.
Em março, o juiz da nona vara de execução fiscal do Rio de Janeiro determinou a penhora de R$10 milhões de receitas do clube. A ordem judicial reconsiderou o valor e indicou a cobrança excessiva, levando em conta o impacto da pandemia nos cofres dos clubes.
Entenda o processo do Banco Central contra o Flamengo
Em janeiro deste ano, a justiça determinou a penhora de R$127 milhões. Em janeiro de 2019, o Banco Central aceitou o Ninho do Urubu, avaliado em R$77,4 milhões na época. Contudo, o órgão recuou na decisão após descobrir irregularidades nas matrículas do CT. Sendo assim, pediu a penhora do valor em dinheiro.
O processo cita irregularidades em diversas negociações da década de 90. No entanto, a venda de Sávio para o Real Madrid é peso central na penhora. O Banco Central aponta que o envolvimento de Zé Roberto na negociação é uma irregularidade. Isso porque o jogador abateu U$8 milhões dos quase 20 milhões de dólares.
Entretanto, o Flamengo não julga a inclusão de Zé Roberto no negócio como uma irregularidade. Além disso, o processo também fala em ilegalidades em negociações de menor porte como Palhinha, Rivera, Bebeto e até mesmo Zico. O Banco Central também fala em irregularidades na gestão de Luiz Augusto Veloso. No caso, são as vendas de Carlos Garrit e Régis ao Kashima Antlers, em 1993.
Em novembro de 2020, o ex-presidente Kleber Leite recebeu a honraria de Grande Benemérito pelo Conselho de Grandes Beneméritos do Flamengo. O Conselho Deliberativo votou pela manutenção do título do ex-dirigente, em julho do ano passado.