O primeiro Fla-Flu do ano foi marcado por um episódio lamentável nas arquibancadas. Sem mais argumentos para rivalizar com o Flamengo depois que viu seu maior rival conquistar tudo no ano passado, a torcida tricolor apelou e cantou “time assassino” na arquibancada durante o primeiro tempo numa referência à tragédia do Ninho do Urubu.
No fim do jogo, a torcida do Fluminense voltou a cantar a música ofensiva para comemorar a vitória por 1×0.
Após o incêndio, no ano passado, aconteceram seis Fla-Flus. No sétimo, depois que o Flamengo ganhou a Libertadores e o Brasileiro e a torcida tricolor já não podia mais se referir ao cheirinho ou outra provocação, parte dos tricolores resolveram ofender a memória das dez vítimas da tragédia do Ninho fingindo se importar com o que aconteceu com elas, quando na realidade buscam apenas um argumento clubista para ofender o torcedor rubro-negro.
A ofensa é ainda mais grave porque o Flamengo jogou com um time formado quase que exclusivamente por jogadores formados na base do clube, com jogadores que conheciam e conviviam com os garotos que perderam as vidas no incêndio do Ninho.
O técnico Mauricio Souza falou sobre o episódio lamentável em entrevista após a partida:
— Não há assassinos no Flamengo. O que aconteceu até hoje machuca a gente. Mas eu não controlo o grito da torcida adversária. Eu acho um absurdo, acho que deveriam respeitar, pois foi um trauma para nós.
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