Saudações, Rubro-Negros!
Logo mais, às 15h, nosso Flamengo entrará no campo do Maracanã diante de quase 50 mil pessoas para um treino com cara e público de jogo grande, de final de campeonato. Uma jogada tardia, portanto nada original, de uma diretoria que vem se notabilizando por suas decisões tardias e nada originais. Ainda assim saúdo tal iniciativa. Acho-a muitíssimo bem-vinda, principalmente pelos milhares que hoje estarão lá, mas que há tempos vêm sendo privados do prazer, da alegria e daquela energia que só é possível sentir quando se está próximo do time e junto aos irmãos de pele. Quero acreditar que o que está se desenhando para esta tarde contagie o time para a partida de amanhã, e quero crer mais ainda, que servirá para amolecer a cabeça sempre dura de dirigentes os quais se recusam a reconhecer que não há hipótese de algum balanço anual ser positivo, se não houver nas planilhas uma fórmula que considere a Magnética vital não apenas para as finanças, porém, acima de tudo, por ela ser o que é, e por fazer o Flamengo ter o tamanho que tem.
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Via de regra, os clubes de futebol no Brasil têm agido com seus torcedores, em especial os menos abastados, do mesmo jeito que muitas vezes as pessoas são tratadas por aqueles que mais amam, por quem mais elas fazem, se sacrificam e a quem mais se doam. Casos do tipo estão por todos os lados. O ser humano parece nutrir um prazer enorme em ser um canalha completo justo com aqueles outros seres humanos para quem deveriam estender um tapete vermelho coberto de pétalas de rosas por onde caminhassem. Precisava ter deixado a relação se desgastar ao ponto em que se desgastou para só aí dar um pouco mais de valor? E a partir de amanhã, como vai ser? Vai ter mais caixa de bombom, buquê de flores e jantar romântico, ou vão voltar as patadas de costume? São perguntas que ainda carecem de mais alguns gestos como o de hoje para serem respondidas. O gato continua escaldado.
Falando agora do jogo, se o time mostrar pelo menos a disposição que mostrou no sábado, já ficarei contente. Precisamos mais daquele Flamengo, queremos mais aquele Flamengo, porque ele é o Flamengo que nos representa. Sim, há muito para ser melhorado no aspecto tático, tem jogador devendo bola, nosso técnico é outra aposta, mas para mim foi mais importante ver que quem esteve em campo contra o Vitória entendeu que era preciso fazer mais do que só a sua obrigação para tirar forças de onde elas ainda não haviam aparecido e sair dali com o mínimo de prejuízo possível. Não foi sempre que esse time foi molenga, mas ainda não tinha sido tão bravo, e isso me deixou bastante satisfeito.
Tomara que aquilo que nossos jogadores irão ver, ouvir e sentir no treino de logo mais fique impregnado em suas memórias e em seus corações, para que amanhã, no lugar de em um estádio vazio, cada um possa se ver em um com as arquibancadas tão cheias quanto estarão hoje, e possa sentir vir delas as mesmas imagens, cores, energia, os mesmos cânticos, aplausos e o tesão de toda a Nação, que só quer ter seu amor reconhecido e retribuído, mesmo que não seja na exata medida do que a gente merece.
SRN
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Fabiano Torres, o Tatu, é nascido e criado em Paracambi, onde deu os primeiros passos rumo ao rubronegrismo que o acompanha desde então. É professor de idiomas há mais de 25 anos e já esteve à frente de vários projetos de futebol na Internet, TV e rádio, como a série de documentários Energia das Torcidas, de 2010, o Canal dos Fominhas e o programa Torcedor Esporte Clube, na Rádio UOL. Também escreve no blog Happy Hour da Depressão.
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