Marinho segue afastado no Flamengo e o técnico Jorge Sampaoli já declarou que não vai mais utilizá-lo. No entanto, o atleta treina separado do elenco e, com contrato até dezembro, deseja ficar e receber seu salário mensal de R$ 650 mil do que reduzir a pedida para acertar com outro clube, como o São Paulo, que ofereceu R$ 500 mil. No entanto, caso é perigoso e lembra o de Renato Abreu.
Isso porque Renato também ficou afastado treinando separado do resto do grupo em 2013. No entanto, moveu ação na Justiça contra o Flamengo. O ex-jogador coletou documentos para dar entrada no processo e pedir compensação financeira pela forma como saiu do clube e como o Mais Querido o demitiu, alegando humilhação. Assim, pedia ainda R$ 1,5 milhão restantes do montante contratual.
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Marinho faz a mesma coisa e a advogada Mariju Maciel diz que o jogador se sente lesado e humilhado pelo que está passando no Flamengo. Ainda assim, prefere permanecer até o fim do contrato no Flamengo. Marinho vem publicando imagens treinando no Ninho todos os dias, o que pode servir de material nos tribunais.
A dívida com Renato foi paga inteira e diretamente pelo Ato Trabalhista. O jogador pedia R$ 4 milhões, mas o acordo final ficou em R$ 2,2 milhões. A rescisão de Renato Abreu com o Flamengo em junho de 2013 se deu porque Renato seria um dos jogadores que boicotaram o técnico Jorginho. O atleta recebia R$ 200 mil.
O presidente Rodolfo Landim, aliás, era vice de Planejamento da gestão Bandeira de Mello na época e a adoção de postura parecida pode ter a ver com o fato de ser a mesma pessoa conduzindo um caso parecido anos depois.
Flamengo viveu coisa parecida com o goleiro Felipe
O mesmo aconteceu com Felipe, que foi afastado em 2014 e demitido em 2015. O arqueiro, então, moveu Ação Trabalhista contra o clube e pediu R$ 5 milhões. No valor cheio, estavam os seguintes tópicos: multa indenizatória, férias, danos morais, recolhimento do FGTS e não pagamento de verbas rescisórias. Além disso, honorários advocatícios também estão na conta, além de juros e correção monetária.
No entanto, o Mais Querido conseguiu reduzir para R$ 3,6 milhões. Por isso, o departamento jurídico do Mengão comemorou muito o acordo na época.
“Foi uma vitória. Primeiro por encerrar o assunto. Depois porque a gente conseguiu uma economia e ao mesmo tempo estancou um problema que poderia virar uma bola de neve. Daqui a dois anos esse valor poderia estar em 7, 8, 10 milhões de reais. Se você deixa a ação correr na Justiça do Trabalho, são pelo menos 14 a 15% (de juros) ao ano”, declarou Bernardo Accioly, então diretor jurídico do Flamengo.
Marinho estuda mover Ação Trabalhista contra o Flamengo
O jogador teria se desentendido com a comissão técnica de Jorge Sampaoli. Além disso, Marinho teria alegado dores para não viajar para jogo da Libertadores, mas exames não apontaram lesão alguma. O Flamengo respondeu a notificação no prazo estabelecido pela advogada Mariju Maciel, mas decidiu manter o atleta afastado, contrariando o pedido do jogador.
Marinho deve ficar encostado no Flamengo até dezembro, a menos que decida acertar com outra equipe. No entanto, é improvável, já que deseja receber seus vencimentos do atual contrato e prefere cair no ostracismo recebendo a maior quantia possível do que reduzir em R$ 150 mil, mas seguir ganhando meio milhão em um lugar onde vai poder jogar e se manter em forma.
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