h2>O jogo do último sábado, contra o Atlético-MG, é um desses jogos complicados de se avaliar.
Por um lado um empate contra eles, fora de casa, não pode ser visto como um resultado ruim. Por outro lado, esse mesmo empate precisar vir numa reação após tomar uma virada em poucos minutos, não é exatamente bom. Reduzir a distância em direção ao Palmeiras também não pode ser visto como ruim. Reduzir em apenas um ponto numa rodada em que finalmente o Palmeiras perdeu e nós podíamos ficar a uma vitória de distância, aí já não soa mais tão bacana.
E talvez esse conflito de bom e ruim seja mesmo a tônica desse empate. Porque o mesmo Zé Ricardo que escalou bem o time inicial e conseguiu dominar as ações no primeiro tempo realizou duas mudanças um tanto quanto equivocadas e chamou o Atlético para o nosso campo, causando a pressão que levou aos dois gols. A mesma defesa que já foi o triunfo da equipe protagonizou um bizarro pênalti em que Réver achou que poderia se fantasiar de cinto de segurança do atacante rival sem notarem. Na mesma partida o Flamengo mostrou porque ainda pode brigar pelo título mas logo depois nos lembrou porque tem horas que ele parece querer brigar mais é consigo mesmo.
Mas não teremos espaço para ambivalência na próxima rodada. Temos pela frente o Botafogo, contra quem jogamos pontos fora no primeiro turno – mais uma partida em que Zé Ricardo recuou tanto a equipe que o nosso homem mais avançado tava atrás da placa atrás do nosso gol e usando luva de goleiro nos pés e nas mãos – num clássico em que mais uma vez o único resultado possível é a vitória. O Palmeiras enfrenta o desesperado Internacional dentro de casa, cenário que talvez possa trazer alguma surpresa (ainda que esteja claro que o Internacional pra nós prefere trazer surpresas desagradáveis).
A principal lição que fica do resultado, além da dedicação do time que mesmo após a virada não se deixou abater e buscou o empate em grande tarde de Guerrero, é a de que Zé Ricardo ainda é um técnico em amadurecimento. Não que isso não seja óbvio quando você nota que ele até meses atrás treinava o time sub-20 e foi jogado na fogueira do profissional porque nosso técnico anterior corria risco de morrer, claro. Mas porque Zé, apesar de promissor, ainda tem muito caminho pela frente.
E é importante lembrar disso não apenas na hora de elogiar quanto na hora de criticar. Se por um lado Zé Ricardo tem um apego emocional imenso a Emerson Sheik e quando o time abre meio gol de vantagem uma voz na cabeça dele começa a gritar “recuuuaaaa”, por outro lado ele é responsável direto por estarmos na briga pelo título. Comete erros, como qualquer técnico, e alguns deles são fruto de uma certa imaturidade, que com o tempo ele vai superar. Mas hoje, a não ser que alguma loucura como “Guardiola larga tudo pelo sonho de treinar Chiquinho e Márcio Araújo” aconteça, Zé, com toda certeza, é o melhor técnico possível para o Flamengo e ainda pode nos trazer muitas alegrias.
Que venha o fim de semana, que venha o Botafogo, que a nossa briga continue.
Twitter: @joaoluisjr
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