O Flamengo caminha para uma das eleições mais disputadas da sua história, e os candidatos já iniciam suas campanhas eleitorais. Nesta quarta-feira (23), Wallim Vasconcellos, ex-vice geral do clube e último a anunciar candidatura para o pleito deste ano, falou sobre algumas de suas propostas para aumentar o nível de profissionalismo do futebol rubro-negro e acabar com influência de dirigentes amadores.
O estatuto do Flamengo define que cada pasta terá um vice-presidente responsável, cargo estatuário que não paga salário. Hoje, quem comanda o departamento de futebol rubro-negro é Marcos Braz, que é um dirigente amador apesar de experiência na área e tem atitudes que escancaram a falta de profissionalismo nos processos do maior produto do clube. O exemplo mais recente são os erros e as informações desencontradas no negócio de 16 milhões de euros de Wesley para a Atalanta que fracassou.
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Wallim não pretende propor reforma estatutária para abolir definitivamente o vice-presidente do futebol, mas planeja diminuir a influência do cargo. O candidato à presidência do Flamengo afirma que o indicado não terá sequer uma sala e será apenas um dirigente figurativo.
“Na minha gestão não vai ter vice de futebol, não terá vice de nada. Tudo bem que o estatuto diz que tem que ter, mas os vice-presidentes não vão atuar, não vão nem ter sala na Gávea. Quem tem que tocar o dia a dia do clube é o CEO com o diretor esportivo. Eles que vão tocar, tendo metas dadas pela diretoria, que no caso são o vice-geral e o presidente”, disse Wallim em entrevista ao ‘GOAL’.
Esse é um movimento importante do candidato e que tende a ter boa aceitação dos sócios e da torcida como um todo. A necessidade de profissionalizar 100% do futebol é algo cobrado nas redes sociais e em reuniões dos candidatos com eleitores, sejam eles Bap, Wallim ou Maurício Gomes de Mattos. Já Dunshee afirmou que não tentará manter Marcos Braz, mas dá a entender que indicará outro dirigente amador se eleito presidente do Flamengo.
Wallim quer o fim do ‘conselhinho’ no Flamengo
Um outro alvo de críticas que Wallim promete por um fim caso eleito é o Conselho de Futebol que atua no Flamengo atualmente. Os dirigentes definem estratégias do Flamengo diante das prioridades definidas pelo departamento de futebol. Ainda que não indiquem nomes para contratação ou tenham autoridade para aprovar ou recusar um negócio por conta própria, são em sua maioria amadores que participam das decisões importantes.
“Conselho do futebol é mais um ponto do amadorismo da gestão do futebol. Nada contra as pessoas, nem do Conselho, nem do Marcos Braz, poderia ser qualquer outra pessoa no Conselho do Futebol. O que agrega aquilo? Para mim não agrega nada. Todo futebol agora tem uma metodologia de gestão, técnicas de contratar jogadores muito sofisticadas. Acabei de ler um artigo sobre o Liverpool, é impressionante como eles evoluíram no scout. É muito sofisticado e é isso que a gente tem que aplicar. Conselhinho de futebol, desculpa, não funciona, não será mantido. Vai ser totalmente profissional. Ali são pessoas que entendem de futebol tanto quanto eu, como você”, finalizou Wallim.
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