O caso ‘Roberto Dodien‘ segue correndo na Justiça, e o perfil que atacou o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello na internet pode estar perto de ser descoberto. Isso porque foi determinado um prazo para que o X revele os dados da conta em questão.
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De acordo com o Uol, são dez dias corridos após a intimação para que o X revele os dados telefônicos e de e-mail da conta, para entender a quem pertence o perfil fake criado para disseminar ódio contra a oposição. Os fatos apontam para Rodrigo Dunshee, candidato à presidência do Flamengo e vice geral e jurídico do clube. Os dados confirmariam a quem, de fato, pertence a conta.
Caso não forneça os dados solicitados pela Justiça, o X será multado diariamente. Quanto mais tempo após o fim do período dos dez dias o X levar para fornecer os dados, maior ficará a quantia a ser paga.
IP da conta é da academia onde Rodrigo Dunshee treina
Em outro momento, o X já cedeu o IP da conta de Roberto Dodien, que apontou para uma academia da Zona Sul do Rio de Janeiro, a KS, de Ipanema, onde Rodrigo Dunshee treina, fortalecendo a tese de que o dirigente poderia, sim, ser o dono dessa conta. No entanto, ao ser chamado para depor, Dunshee negou o envolvimento e afirmou se tratar se perseguição política.
A procura aconteceu pela Justiça após Eduardo Bandeira de Mello entrar com uma ação judicial. Roberto Dodien, inclusive, tem as mesmas iniciais de Rodrigo Dunshee.
O perfil, inclusive, foi criado em 2021. O MRN teve acesso ao documento do processo no ano passado. Ele mostra que a academia confirmou que Rodrigo Dunshee já era aluno da academia naquela época. Os advogados de Bandeira, portanto, pediram pelo processo por calúnia, injúria e difamação, e o projeto tramita na 42ª Vara Criminal.
Dunshee pediu fim da investigação
Em 2024, Rodrigo Dunshee alegou que é impossível provar que ele é o autor da mensagem e dono da conta. Por isso, pediu o fim da investigação.
“A esta altura, após mais de um ano de investigação, já é possível antever. Com absoluta segurança, jamais haverá justa causa para a eventual deflagração futura de ação penal privada. Torna-se impertinente que se continue a gastar tempo, energia e recursos para ampliação da investigação. Sobretudo porque já resultou na produção de milhares de dados sigilosos, de milhares de pessoas, integrando um caderno processual cujo conteúdo vem sendo sistematicamente vazado para a imprensa”, diz a petição de agosto de 2024.
O Ministério Público, no entanto, disse que as provas apresentadas por Eduardo Bandeira de Mello são “compatíveis e adequadas à demonstação de indício suficiente de ocorrência do delito”. Além disso, disse que “a manutenção da presente investigação justifica-se pela necessidade de apuração dos fatos, bem como identificação da autoria delitiva”.
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