Com todo respeito ao equídeo, mas há um asno dentro do departamento de futebol do Flamengo.
Quem é o responsável pela montagem do elenco? Mais especificamente, quem foi o responsável por chegarmos ao final de maio com essa situação pavorosa na zaga?
A diretoria, em última análise, é a culpada, mas não dá para imaginar que tudo seria diferente sem Rodrigo Caetano e Muricy Ramalho, os profissionais, os técnicos da pasta.
É tanta imbecilidade que deveria virar case de fracasso. Quando o Brasileiro começou, esse era o quadro da zaga rubro-negra:
Wallace: 21 jogos;
Juan: 19 jogos;
César Martins: 6 jogos;
Léo Duarte: 1 jogo;
Rafael Dumas: 0 jogo.
Não precisa ser um gênio – na verdade basta não ser uma toupeira – para lembrar que Juan tem 37 anos, César Martins – graças ao bom Deus – voltará ao Benfica em junho e Léo Duarte é uma promessa necessitando de minutos para ser testado e evoluir.
Não tem que ser muito inteligente para entender que o Ferjão é uma competição insignificante e, já que sua disputa é compulsória, deveria ser utilizada como preparação para o verdadeiro início da temporada.
Não falemos do Wallace, é até compreensível que sua saída tenha pego os parvos desprevenidos, mas é inaceitável chegar nessa altura do campeonato com um zagueiro veterano desgastado fisicamente (Juan), uma promessa sem experiência (Léo Duarte) e um jovem sem condições de ser profissional do clube (Dumas).
Se lembrarmos ainda que o clube contratou o possante Antônio Carlos para treinar por quatro meses e depois ser repassado para Ponte… Olha, se investigarem bem, ou alguém sai preso, ou vai parar no zoológico.