MRN Informação | Yago Martins — Maior ídolo da história rubro-negra, Zico completa 68 anos nesta quarta-feira, e sempre que chega no dia 3 de março, matérias e entrevistas marcantes do eterno camisa 10 da Gávea são lembradas.
Há oito anos, Zico foi entrevistado pelo portal Terra, e na época, revelou que quase atuou no América-RJ, antes de se transferir para o Flamengo. Caso optasse pelo clube alvirubro, sua história no futebol poderia ter sido muito diferente.
”Quando eu era criança, não sabia o que ia fazer. Meus irmão jogavam, e tinha aquela coisa de você ver que joga bem também, é muito solicitado. E lógico que pensei em querer jogar. Mas naquela época a gente ia para o futebol sem as aspirações de que um garoto vai hoje. Era uma coisa mais de lazer, de coração. Tanto que eu estava acertado para ir para o América, e houve um convite para o Flamengo. Era meu time de coração, e optei pelo Flamengo.
Cheguei a jogar uma partida na escolinha do América, lá no Andaraí. Tinha 12 para 13 anos. Na semana que ia começar a treinar lá, o Celso Garcia (radialista, morto em 2008) tinha ido me ver jogar futsal no River (clube situado na Abolição, zona norte do Rio). Ele gostou, foi na minha casa, e pediu ao meu pai para me encaminhar para o Flamengo. Preferi o Flamengo”.
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E escolha foi certa. Foram mais de 15 anos vestindo a camisa rubro-negra, sendo o jogador mais vitorioso da história do clube. Ao todo, são 25 títulos pelo Flamengo, com destaque para o Mundial de Clubes e a Libertadores de 1981, além dos Brasileiros de 80, 82, 83 e 87.
”Acho que quando ganhamos o Brasileiro de 1980, deu para ter uma noção de que se a gente se mantivesse naquela linha, iríamos alcançar os títulos que o Flamengo ambicionava, que era a Libertadores e o Mundial. O Mundial não é o mais complicado, o mais difícil é a Libertadores. Talvez o Brasileiro seja mais difícil ainda, porque havia 10, 12 equipes que poderiam ser campeãs. Era muito time bom, era só clássico”, confessou Zico, que escolheu o Carioca de 78 como a conquista mais marcante no Flamengo.
”O Estadual de 1978, com o gol do Rondinelli, foi marcante. Ali nossa geração estava com aquele ponto de interrogação. Ganhamos 74, alguns jogaram, mas depois, não conseguimos nem chegar em final. Aquele título deu a segurança para todos nós de que realmente tínhamos valor. Esse foi um título muito importante, de muita recordação, da forma como ele aconteceu. Um ano antes, tínhamos perdido da mesma forma para o Vasco, nos pênaltis.”