O caso mais emblemático é o de Gabigol. Mas é fato que Tite precisa saber lidar com um elenco recheado de estrelas. Nada melhor do que um treinador com experiência de sete anos na Seleção Brasileira para isso. O Camisa 10, por exemplo, não se mostra insatisfeito entre os suplentes. Bem diferente do que já aconteceu.
Para Zinho, o diferencial de Tite é exatamente ter conquistados os atletas. Sobre Gabigol, o ex-jogador explica que Pedro se encaixa mais do que o ‘predestinado‘.
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“Não é fácil você barrar o Gabigol, pela história que o jogador tem, por tudo que fez pelo Flamengo. É um cara que está em um patamar lá em cima. Tite deu uma sequência para o Pedro, na visão de jogo acha que o Pedro encaixa melhor nessa estratégia de jogo”, diz Zinho.
Zinho diz ainda que a rodagem do elenco dá confiança para todos. Bruno Henrique, por exemplo, passou período fora. Mas voltou com tudo e foi importante para o time.
“O Bruno Henrique estava bem, aí ficou de fora por suspensão e não voltou como titular, fica no banco, entra no jogo e é importante. Contra o América-MG entra como titular, mas fazendo uma função contrária ao que ele vinha jogando porque Tite dá moral para o Cebolinha”, comenta Zinho.
O mesmo vale para as outras posições. Zinho entende que é fruto de um bom ambiente proporcionado por Tite e seus auxiliares.
“Aí tem o Luiz Araújo, que tem muito mais chances com ele também, que não foi titular no último jogo, mas entrou. Tem revezamento Ayrton Lucas e Filipe Luís, essa meio-campo que às vezes joga Thiago Maia e Pulgar, às vezes só com Pulgar. É o Gerson que voltou a ser o coringa. É o trabalho do Tite e sua comissão técnica. O entendimento dos atletas de respeitar e confiar no treinador”, complementa Zinho.
Zinho diz que elenco do Flamengo não confiava em Sampaoli e Vitor Pereira
Zinho compara o trabalho atual ao dos antecessores. Ou seja, Vitor Pereira e Jorge Sampaoli. Dupla estrangeira fracassou na temporada. Mas para o comentarista, isso se dá por conta da falta de confiança que o elenco tinha nos técnicos.
“Com os outros treinadores que passaram havia desconfiança. Ambiente ruim. Atmosfera ruim. Então o jogador que ia para o banco ficava de bico porque não via uma sinceridade. Não via um trabalho que convencia o jogador. O Tite deixa um jogador ‘cascudão’ no banco. Mas mostra um trabalho convincente naquilo que ele está fazendo. O cara fica mais na dele”, explica Zinho.
Para exemplificar isso, Zinho não usa só Gabigol. Everton Ribeiro também entra e vai bem. Os jogadores parecem começar a aceitar ficar na reserva e reconhecem a própria importância para o decorrer dos jogos.
“O Everton Ribeiro não é titular, mas entrou. Manteve o mesmo nível (que Arrascaeta). Participou de lance de gol, roubou bola e ainda fez um gol de letra. Quem motiva esse cara? Quem dá moral para ele e fala ‘fica atento, você vai entrar’. Confio em você. Você é importante para mim’? E o Tite chega nessa reta final com todos os jogadores em um nível bom e com entendimento do que ele quer”, encerra Zinho.
Com Tite, já são nove jogos e apenas duas derrotas. O Mengo venceu seis jogos e empatou um com o Fluminense. Por isso, está na briga pelo título. Para seguir lutando contra o Palmeiras, é preciso vencer o Atlético-MG no Maracanã. O jogo desta quarta-feira (29) tem início às 19h30 (Horário de Brasília).
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