O ‘inferno’ de Gabigol tomou proporções que talvez nem ele imaginasse. o Atlético-MG entrou na justiça por conta da declaração do camisa 9 após a derrota do Flamengo no jogo de ida. Para os mineiros, a aspa dada na beira do campo incitava a violência para o jogo de volta no Maracanã.
O procurador Giovani Rodrigues Mariot arquivou o caso após a denúncia no STJD, mas após a eliminação do Atlético no Maracanã, o clube tentou um recurso para que o caso siga adiante. Mas sem sucesso. Nesta sexta-feira (15), o STJD voltou a analisar o assunto, mas optou por manter o caso arquivado. Para o procurador Rodrigo Botelho Piacente do STJD, a frase Gabigol não faz alusão a qualquer tipo de violência e entende que é algo completamente lúdico e de jogo. A informação é do Globo Esporte.
“Não há nexo casual entre as ameaças propagadas por torcedores nas redes sociais com a declaração do atleta”, diz o procurador.
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Michel Assaf Filho, advogado do Flamengo no caso, comemora a decisão.
“Não haverá denúncia, que obviamente é uma decisão correta. As alegações da Notícia de Infração não tinham fundamento”, explica.
O ‘inferno’ de Gabigol no Flamengo
A declaração de Gabigol foi direcionada para o time do Atlético, dizendo que conheceriam o inferno no Maracanã. No entanto, ele se referia ao clima de pressão do estádio, que estaria apoiando o Rubro-Negro.
“Agora temos outro final de semana e depois vamos para a Libertadores. Quando eles forem para lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno”, diz o atacante.
A aspa funcionou para a torcida. O Maracanã estava lotado e fez uma festa com mosaico, fumaça e sinalizadores, com cânticos e adereços que faziam alusão a um inferno para apoiar o Mengão. Dentro de campo, o Flamengo venceu por 2 a 0 e avançou para as quartas de final da Copa do Brasil, eliminando o atual campeão Atlético-MG.