Nesta terça-feira (3), John Textor, dono da SAF do Botafogo, demitiu o técnico Bruno Lage após reunião com jogadores insatisfeitos. Apesar da interferência direta dos atletas, grande parte da imprensa normalizou a decisão, e o jornalista Renato Maurício Prado questiona qual seria a reação caso atletas do Flamengo agissem da mesma maneira.
“Imagina se dez jogadores do Flamengo fossem ao presidente do clube e exigissem (e conseguissem!) a demissão de um técnico. Imaginem o que diriam as mesas redondas, os youtubers, os influencers.Pois é! Silêncio ensurdecedor de aprovação nas redes e na imprensa”, publicou o jornalista.
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Vale destacar também que, segundo informações do “ge”, os jogadores também influenciaram na decisão de promover o ex-zagueiro Joel Carli ao cargo de assistente técnico. O argentino irá trabalhar com Lúcio Flávio, que assume o Botafogo na reta final do Campeonato Brasileiro.
Ao longo dos últimos anos, os jogadores do Flamengo foram taxados de “paneleiros” em momentos de crise e demissões de treinadores. No entanto, em nenhum momento existiu informação de reunião de atletas com o presidente Rodolfo Landim para reclamar de qualquer técnico.
A atuação da imprensa também revoltou os torcedores rubro-negros, que concordam com a avaliação de Renato Maurício Prado.
“O elenco do botafogo fritou o técnico após 4 derrotas e a imprensa se fingindo de cega Aqui no Flamengo já estavam chamando jogadores de mimados, mesmo não saindo nada comprovando que eles tenham feito algo”, diz torcedor do Flamengo nas redes sociais.
Declarações de Bruno Lage após derrota para o Flamengo aumentaram crise no Botafogo
A crise no Botafogo se intensificou após a derrota para o Flamengo, pelo Brasileirão. Na ocasião, o rival chegou ao clássico como favorito e não tinha perdido nenhum jogo no Nilton Santos pelo torneio nacional. No entanto, Bruno Henrique estava em noite inspirada e garantiu a vitória rubro-negra com dois gols.
A reação de Bruno Lage na coletiva após a derrota surpreendeu a todos. Afinal, o treinador reclamou da pressão da torcida em seu trabalho e colocou o cargo à disposição da diretoria. Clube e treinador tentaram contornar a situação e minimizaram as falas em um primeiro momento, mas o clima gerado culminou na saída do técnico.
”Sinto que fui escolhido, mas sinto que neste momento, essa pressão que cai sobre mim não é uma pressão necessária para os jogadores (…) É uma pressão muito grandes nos jogadores, não admito. Só uma forma de aliviar essa pressão é o seguinte. Ainda não falei com ninguém, pensei muito e neste momento coloco meu cargo à disposição. Tenho contrato com o Botafogo até dezembro, mas não tenho nenhum problema a abdicar disso”, disse Lage.
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