Em uma temporada marcada por vexames e fracassos esportivos e institucionais, o Flamengo está perto de ter o seu terceiro técnico em 2023. Tite deve ser anunciado nesta segunda (9) e será o responsável por comandar o projeto até o final de 2024. O ex-técnico da seleção já foi bastante questionado por conta do seu discurso prolixo e até mesmo por seu suposto posicionamento político. Tite é comunista? O que pensa o técnico sobre política?
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Nos últimos anos, Tite enfrentou resistência e sofreu com campanhas de difamação por parte da extrema-direita. O ponto de ruptura entre o treinador e parte da população aconteceu em julho de 2021, quando o treinador se colocou contra a realização da Copa América no Brasil, por conta da pandemia.
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Na época, a Copa América estava perto de ser suspensa, já que Colômbia e Argentina renunciaram e se negaram a sediar o evento. O Brasil, então presidido por Jair Bolsonaro, se colocou à disposição da Conmebol e viabilizou a competição no país, que na época tinha a pior taxa de mortos por Covid-19 no continente.
Assim, Tite se colocou contra a realização da Copa América, e cogitou-se até que a Seleção Brasileira boicotaria o evento. Após o episódio, o treinador ganhou ainda mais a antipatia de parte dos torcedores e Tite passou a ser visto chamado de comunista. No entanto, o treinador tratou de rechaçar as acusações e foi direto: “Não sou comunista, sou humanista”, disse o então técnico do Brasil.
O que pensa Tite sobre política?
Em entrevista ao El País em 2018, então recém-chegado à Seleção Brasileira, Tite deixou um pouco o futebol de lado e falou sobre a parte política. Questionado sobre seu envolvimento com alguma militância partidária, Tite foi direto: “Eu participava do grêmio estudantil na faculdade e externava minhas opiniões. Mas nunca me envolvi com partidos políticos”, disse.
Com o sucesso inicial na Seleção Brasileira, em 2018, torcedores criaram a campanha “Tite Presidente”, uma brincadeira que pedia a candidatura do treinador nas eleições presidenciais daquele ano. Assim, sobre possíveis convites, Tite descartou qualquer possibilidade de se envolver com política.
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“Qualquer pessoa que me conheça minimamente não vai chegar perto de mim para propor filiação ou qualquer outro envolvimento com partidos nesse momento. Eu sou uma pessoa que se preocupa com o que se passa além do futebol. Mas quero fazer alguma coisa positiva através do meu exemplo, não tenho ambição política nem pretendo me candidatar a nada. Não é o que eu busco. Porque também não tenho nenhuma vocação para a política”, afirmou.
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