O vice-presidente de futebol, Flávio Godinho, disse em entrevista publicada neste domingo pelo “Extra” que o Flamengo pode tentar um acordo com o Botafogo para mandar alguns jogos no Engenhão em 2017, em troca da cessão da Arena da Ilha. No fim do mês passado, o Flamengo anunciou um acordo de três anos com a Portuguesa da Ilha para mandar jogos no estádio, um passo tomado diante da indefinição sobre o repasse da concessão do Maracanã.
A Ilha, porém, terá capacidade de público pouco superior a 20 mil espectadores, muito abaixo da demanda da torcida do Flamengo. Além disso, o regulamento da Libertadores prevê que a semifinal só pode ser jogada em estádios com capacidade acima de 30 mil pessoas e a final em arenas para mais de 40 mil espectadores – o Engenhão se enquadra em ambas.
O Botafogo, por sua vez, tem dificuldade para encher o Engenhão e encontrou este ano na Arena da Ilha uma alternativa mais adequada ao tamanho da sua torcida – alternativa esta que acabou sendo perdida depois que o Flamengo fechou o acordo com a Portuguesa.
– A Ilha do Governador é um estádio de menor porte para garantir uma casa e não viajar tanto, mas também não temos certeza de queanto tempo vai demorar o imbróglio do Maracanã. Não dá para apostar todas as fichas. Não é impossível mesmo sem Maracanã que se faça uma parceria com o Botafogo para eles jogarem na Ilha e o Flamengo no Engenhão, teremos flexibilidade para negociar. Vamos avaliar se aproveita a estrutura, mas garanto que a Ilha vai ter estrutura melhor e um campo infinitamente melhor. A primeira fase da Libertadores, dependendo, pode ser jogada lá – disse Godinho ao “Extra”.
Qualquer tipo de negociação com o Botafogo, porém, terá que superar a resistência da diretoria alvinegra ao diálogo com o Flamengo enquanto se arrasta na Justiça o imbróglio em torno da transferência do volante Willian Arão. Este ano, o Botafogo se mostrou intransigente quanto a negociar qualquer coisa com o Flamengo enquanto não for compensado de alguma maneira pela saída do jogador.
Acordo com a CSM
Na entrevista ao “Extra”, Godinho também falou sobre o acordo com a CSM para mandar jogos no Maracanã caso o consórcio liderado pela empresa britânica obtenha a concessão do estádio. Ele disse que a saída não é a ideal e que o Flamengo ainda gostaria de assumir sozinho a operação do estádio.
– O Maracanã o próprio estado não decidiu que modelo vai seguir. Se fará nova licitaçao ou permitirá que um investidor novo suceda o consórcio atual. Isso deve ocorrer até o fim do ano. Hoje existem dois grupos para suceder a Odebrecht: a Lagardere não tem nadada com o Flamengo, e outro um consórcio liderado pela CSM, com um pré-acordo que não é ideal, mas é aceitável para o Flamengo, que queria era operar. O Flamengo não pode ofertar porque veda a participação de clube na licitação. Se o governo decidir que um player novo suceda o consórcio através de uma composição financeira, esse tem que estar acordado com os clubes. O Flamengo está preparado para participar de uma nova licitação, é a preferência, mas se a proposta da CSM for vencedora vamos operar ao lado no consórcio.
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