O início do trabalho de Filipe Luís é muito promissor, e o técnico venceu o Corinthians, pela Copa do Brasil, e o Bahia, na noite do último sábado (5), pelo Brasileirão. Mas no primeiro jogo, o jornalista Eugênio Leal enxergou algumas fragilidades na equipe, algo que mudou na última partida. Durante o Linha de Passe, da ESPN, ele comenta as mudanças que evoluíram o jogo da equipe diante dos baianos.
Eugênio Leal viu um Flamengo muito mais organizado do que na estreia de Filipe Luís, quando ele atribuiu o bom jogo na Copa do Brasil mais ao individualismo e ao ânimo pela troca de treinador do que a aspectos táticos.
➕Eugênio Leal critica abordagem de Filipe Luís em estreia pelo Flamengo
“Para mim, a grande diferença do jogo de quarta para hoje é que foi um time muito mais coeso e coletivo. Contra o Corinthians, foi um time muito mais com uma diferença anímica do que exatamente em termos de organização em campo. Hoje eu vi o time mais organizado. Sofreu um pouco nos primeiros minutos, o Bahia conseguia envolver o Flamengo em uma troca de passes mesmo sem Everton Ribeiro”, inicia.
O jornalista aponta ainda que o jogo mudou após 20 minutos, quando Filipe Luís fez algumas correções e acabou com o jogo praticado pelo Bahia, que ainda trocava passes.
“Filipe Luís chama o Rossi para conversar com ele, o Ayrton Lucas, e o Flamengo encaixa mais a marcação, consegue roubar mais bolas e tira a bola do pé do Bahia. Começa o Flamengo a jogar e o Bahia a errar muito e o Flamengo domina o jogo completamente”, continua Eugênio.
Eugênio Leal aponta Léo Ortiz como mudança crucial de Filipe Luís
A alteração mais significativa que simboliza a transição trabalho de Tite para o de Filipe Luís foi o posicionamento de Léo Ortiz. O zagueiro vinha atuando como volante na equipe do treinador anterior, mas agora, joga na sua função de origem na vaga de Fabrício Bruno, que foi sacado pelo novo técnico. Eugênio Leal se atenta para o início da jogada do gol de Ayrton Lucas.
“O primeiro gol do Flamengo foi lindamente construído, diferente do que aconteceu no jogo contra o Corinthians em que a gente via os jogadores pegando a bola e tentando partir para o um contra um, ou passar por um, dois, três jogadores de uma vez só. O gol do Flamengo começa com, para mim, a mudança fundamental feita pelo Filipe Luís: o Léo Ortiz de zagueiro”, comenta o repórter.
Eugênio Leal diz o que muda com Léo Ortiz no time e cita todos os jogadores que participaram da construção da jogada.
“Ele qualifica muito a saída de bola. O gol começa com ele. Mas passa pelo Arrascaeta, que está caindo pelo lado do campo, passa pela ultrapassagem do Wesley, passa pelo Bruno Henrique saindo da ponta para entrar como centroavante e finalizar, para dar mais presença de área e pelo Ayrton Lucas fechando do outro lado para pegar o rebote e fazer o gol”, completa.
O que disse Eugênio contra o Corinthians
Na estreia de Filipe Luís, Eugênio Leal teceu algumas críticas ao Flamengo, indo na contramão da reação dos torcedores, que gostaram muito do jogo praticado pelo time. O jornalista chegou a declarar que “não dá para pensar que jogando assim durante todo o campeonato, terá sucesso. Não vai. Porque você facilmente encontra fragilidades coletivas”.
Além disso, Eugênio destacou desorganização e individualidades.
“O Flamengo não teve equilíbrio. O Flamengo foi para o All-in. Tudo ou nada, vamos para cima. Vou tentar, arriscar a jogada individual, partir para cima. Se perder, a gente corre e pega a bola de novo”, argumentou o jornalista após Flamengo x Corinthians.
Por fim, Eugênio Leal teceu mais críticas.
“Tanto que quando o Corinthians conseguiu chegar ao ataque, levou perigo. O Flamengo foi um time descompactado, dava muitos espaços. Os jogadores decidindo por conta própria, sair para um lado ou outro. Decisões muitas vezes afobadas. Mas que são consequências de um time que pretendia se doar ao máximo, buscar forças para superar o momento difícil”, finalizou.
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