Como toda decisão o jogo foi nervoso. As quase 170 mil pessoas que estiveram no Maracanã quase viram Zico abrir o placar logo aos seis minutos
BIOGRAFIA RUBRO-NEGRA – CAPÍTULO 10 :: Por Gustavo Roman – Twitter: @guroman
Um sorteio apontou a ordem das partidas. Flamengo e América jogariam primeiro. Com o Vasco enfrentando o perdedor na segunda rodada e o vencedor na última. Doval, sentindo uma lesão na coxa, dificilmente teria condições de estar em campo. Para surpresa de todos o argentino se recuperou e garantiu sua escalação.
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Resguardado pelo que havia acontecido na partida anterior o América se fechou na defesa. Assim, o Fla teve amplo domínio das ações no primeiro tempo. Tanto é que o goleiro Rogério fez pelo menos três defesas importantes em finalizações de Doval, Zico e Paulinho.
De tanto insistir o Rubro-Negro acabou chegando lá. Aos 20 minutos do segundo tempo, Paulinho cobrou escanteio da direita. Jayme aproveitou o cochilo da zaga e estufou as redes. Aos 31, veio um gol de gênio do jovem Júnior. Quase do meio de campo ele percebeu o goleiro Rogério adiantado. Não teve dúvidas. Rematou dali mesmo e encobriu o goleiro.
Aos 39, Manoel tabelou com Luisinho e descontou. O América ainda tentou na base do desespero chegar ao empate. Porém, o Flamengo resistiu e se colocou em ótima situação para se sagrar campeão carioca.
A situação ficou ainda melhor. Na quarta-feira o Vasco empatou com o América em 2 a 2. Dessa forma bastava ao Flamengo empatar o jogo de domingo para dar a volta olímpica.
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Como toda decisão o jogo foi nervoso. As quase 170 mil pessoas que estiveram no Maracanã quase viram Zico abrir o placar logo aos seis minutos. Ele driblou Miguel e Andrada e tocou. Alfinete salvou em cima da linha.
O Vasco melhorou. Roberto, de falta, obrigou Renato a fazer grande defesa. Aos 30, Luís Carlos subiu sozinho e quase marcou o gol vascaíno. Logo depois, Roberto ajeitou para Galdino mandar uma bomba. Renato de novo salvou o Fla. No último lance perigoso da etapa inicial Jaime perdeu a bola para Roberto. Dinamite tocou para Luís Carlos bateu e Renato defendeu.
O Flamengo voltou melhor para o segundo tempo. Pelo menos em termos de organização defensiva. Tanto é que não permitiu ao Vasco nenhuma oportunidade nos primeiros 20 minutos. A melhor delas foi desperdiçada por Jair Pereira, que recebeu de Bill e sozinho finalizou para fora. Renato ainda fez boa intervenção em tiro de Bill. E Andrada salvou chute de Rodrigues Neto. Na sobra, Ivanir mandou pela linha de fundo.
No fim, no ritmo dos gritos da arquibancada o Flamengo segurou o 0 a 0 e sagrou-se campeão carioca de 1974. Nas entrevistas, os jogadores dedicavam a conquista ao técnico Joubert. O ano terminava de forma promissora. Um time jovem e vencedor. A expectativa para 1975 era grande.
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