Curitiba outrora era uma cidade indigesta para o Flamengo, entretanto, de uns anos para cá, o Rubro Negro tem obtido bons resultados por lá.
Neste domingo a equipe da Gávea venceu bem, por 2 x 0 e segue firme no bolo da classificação, além de ser a melhor visitante do campeonato.
Detalhe: o time de melhor campanha como visitante foi campeão em nove das 13 edições do Brasileiro.
Assim como contra o América-MG, Zé Ricardo voltou a utilizar Mancuello e Allan Patrick juntos. Mas não se caracteriza um autêntico 4-4-2 por simplesmente ter dois meias. O esquema continua o mesmo: 4-1-4-1, entretanto com jogadores com características diferentes dos pontas.
Na direita, ao invés do Cirino, quem fez as funções por aquele lado foi o Allan Patrick. Mas precisava de alguém em velocidade e o jogo não fluía.
O ritmo foi lento. A saída de bola foi péssima e Muralha por diversas vezes era acionado para sair jogando. As jogadas de ultrapassagem com os laterais não aconteceram, a bola corria demais no gramado molhado. A primeira que deu certo foi quase no final do primeiro tempo, e Pará colocou na cabeça do Guerrero. Foi só.
O Coritiba ameaçou logo na primeira jogada, mas depois praticamente não chegou.
Em uma partida tão equilibrada e sem grandes inspirações, quem tem jogador diferenciado fará a diferença, inclusive na briga pelo título.
E Mancuello é o cara do passe vertical, da assistência, e foi dele o excelente lançamento para Guerrero aplicar um belo chute e abrir o placar.
O Coritiba abusava dos cruzamentos. Foram incríveis 42 bolas na área, 35 apenas no segundo tempo. E o grande destaque foi o Rafael Vaz, o melhor dos zagueiros atuais, que tirou todas. Com a boa participação do Donatti, que entrou no lugar do Juan. Essa é uma das virtudes em ter um elenco para disputa de um campeonato longo.
Com 1 x 0, Zé mexeu bem colocando o Cirino, mas poderia ter tirado o Allan Patrick, que vinha pela direita e não o Mancuello. E ainda entrou com Cuellar no lugar do Allan Patrick. Desta vez teve sorte e o colombiano deu um grande passe para Cirino marcar o segundo o liquidar a partida. Não tem explicação para o Cuellar ser banco.
Para mostrar quem faz a diferença são os jogadores técnicos: Cuellar e Mancuello foram os autores das belas assistências para os dois gols.
Tudo que o Flamengo precisa hoje é disto, além da volta excelente do Guerrero da Copa América: quatro gols e duas assistências em seis jogos. E marcou pela terceira partida seguida.
E com a estreia do Diego, o Rubro Negro se qualifica para buscar o topo da classificação.
Crédito imagem destacada: Giuliano Gomes / PR Press