Flamengo foi a Brasília, terra dos churros no estádio, e para tristeza da esquerda rubro-negra, com Bolsonaro e Moro presentes sendo homenageados pelo público e ganhando foto no perfil oficial do clube. E de lá voltou com 3 pontos. É o que todos esperávamos ainda que contando com o técnico interino, o Fera, e vários reservas em campo. Flamengo tem a sua quarta partida sem levar gol. O que mostra que um mínimo de cuidado tático em relação ao posicionamento do Arão foi crucial, dando mais proteção a entrada da área, antigo playground do adversário quando Abel era o treinador.
O primeiro tempo foi sofrível, ainda que com as costumeiros gols perdidos em penca, os quais nós, torcedores, já nos acostumamos. Tanto que Jesus quer um segundo atacante que jogue atrás do centroavante, certamente assustado pelo taco espirrado que presenciou nestes jogos. Flamengo muito espaçado. Parecia que a orientação do Fera era que cada jogador mantivesse uma distância mínima de 20m em relação ao outro. A tática “jogo-de-botão” de contar com as bolas espirradas. Vitinho tentava ser incisivo no ataque. Se posicionando na frente, atrás, buscando o jogo, mas faltava a aproximação de outros jogadores em mais uma atuação apagada do Bruno Henrique. Rodinei, no primeiro tempo, parecia uma caricatura de si próprio, errando lances simples.
CSA reclamou de um pênalti no primeiro tempo que o VAR ficou mais de 5 minutos analisando. Sinceramente eu achei pênalti. Mas muitos não, pois a bola tocou antes na cabeça do Arão e depois no braço. Que estava muito levantado. Enfim. CSA agora quer anular a partida por isto. Se todos anulassem partidas por erro de arbitragem não teríamos nenhum jogo corrido ao fim do campeonato…
Veio o segundo tempo. Por orientação ou não do Fera, o Flamengo voltou melhor. Mais concentrado. Não dando tanto raiva. O vaiado Vitinho, por motivos desconhecidos para mim, pois era o mais perigoso atacante, o que mais buscava o jogo, fez seu gol. Coroando sua atuação. CSA, sem chances na partida, ficava tentando evitar outro gol do Flamengo até que Gabigol também marcou o dele. Tornando-se o artilheiro isolado do Flamengo na temporada e também no campeonato brasileiro. O bizarro da partida era a insistência da torcida na entrada do Berrío. Me lembrou Macaé com o seu Negueba. Jean Lucas, aquele lateral direito contratado do Bangu fez sua estréia substituindo Rodinei que fez um bom segundo tempo. Jogando com camisa fora da calça ao contrário de seu xará, evitou seguidos comentários do narrador. Achei que foi bem, dentro de um nervosismo natural. Se apresentou sem medo na frente. E isto acho bom. Vejamos seu decorrer.
Estamos em terceiro no Brasileiro, e podendo permanecer bem atrás do Palmeiras que joga hoje e pode recuperar seus pontos contra o Botafogo que a CBF Paulista palmeirense irá “julgar”…Enfim, Jesus terá que fazer milagre na parada da Copa para fazer do Flamengo um time moderno, compacto e incisivo, um milagre mais forte que recuperar alguém do mundo dos mortos.
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