MRN Informação | Bruno Guedes – O goleiro Diego Alves voltou ao Flamengo após cinco jogos fora por dores na coxa direita. Apesar do empate em 0 a 0 com o Vélez nesta quinta-feira, válido pela última rodada do Grupo G da Libertadores, o jogador comemorou a classificação. De acordo com ele, o time conseguiu o planejado. Mas afirmou que pode melhorar. Questionado sobre a “bronca” em Léo Pereira, que repercutiu nas redes sociais, o atleta minimizou e rebateu qualquer problema: “Do jogo”.
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Segundo Diego, o Flamengo encarou uma equipe perigosa e experiente. Para o goleiro, o resultado não foi o esperado mas a equipe pode melhorar como um todo:
“Jogamos contra um time bom hoje, o Vélez é um grande time. Foi um jogo difícil. Lógico que sempre pode melhorar, tanto defensiva quanto ofensivamente. Por isso sempre tentamos corrigir durante a semana, nos intervalos dos jogos. Essa é a minha função. Quando a gente não participa com a bola, tenta dar orientações para que os jogadores tenham o melhor posicionamento dentro de campo.”, comentou.
De volta após cinco jogos se recuperando de dores na coxa, Diego Alves comemorou o bom jogo que fez. Mas também elogiou seu substituto, Gabriel Batista:
“É sempre bom poder voltar a jogar. A parte nossa ali, treinando todos os dias bem para poder ajudar o clube. E fico satisfeito por poder voltar. E sobre o Gabriel eu acho que o Flamengo hoje tem uma garotada muito interessante na base”, declarou.
Um dos mais “falantes” em campo, Diego Alves explicou suas orientações à equipe. De acordo com ele, por estar numa posição privilegiada vendo de trás, consegue ajustar o que foi planejado antes da partida:
“Informação é tudo no futebol. Faço isso a vida toda, mas com esse novo normal e estádio vazio, dá pra escutar. Mas sempre em prol do time, para que possam melhorar em todos os sentidos”, explicou o goleiro.
Diego Alves explica “bronca” em Léo Pereira e rebate qualquer problema
Quase no final da partida, viralizou nas redes sociais uma bronca que o goleiro deu no zagueiro Léo Pereira. Após um passe para o companheiro, Diego Alves reclamou que ele deveria ter dado um passe para frente ao invés de recuar novamente para ele. Entretanto, visivelmente contrariado com a repercussão, o arqueiro rebateu que fosse algo direcionado ou problema:
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“Não teve discussão, nem acalorada. Da mesma maneira que falo com o Léo, falei com o Rodrigo Caio no primeiro tempo. É normal, o que não é normal que todo mundo escute o que se fala dentro do campo. Léo é uma pessoa querida pelo grupo, todos que entram querem fazer o melhor. Nunca é para prejudicar ninguém, sempre para passar informação. Assim como cobro, podem cobrar de mim. Isso é normal no futebol desde a época em que eu conheço. Conversei com o Léo, fomos para o doping, tudo normal. Não adianta falar em elenco rachado, porque não vai existir”, disse Diego Alves.
VEJA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
Partida pobre do Flamengo:
“Tentamos no primeiro tempo encontrar os espaços na defesa do Vélez, no segundo tempo colocamos o Gabigol caindo mais na lateral para ganhar profundidade. Mas é verdade que eles defenderam bem. Talvez não tenhamos tido muito o fino no domínio de bola, o passe para ligar com os jogadores no ataque. Mesmo assim tivemos chances. Dentro do jogo, tivemos muito mais chances que eles. Uma de cabeça com o Gustavo (Henrique), uma com o Vitinho. Chances claras. O empate assegurou nosso primeiro lugar no grupo, agora é esperar quem teremos pela frente”.
Lesões:
“Pessoal tem que entender que não tive lesões. Essa última foi uma fibrose, joguei praticamente nove jogos em um mês. A gente tem que ter cuidado, às vezes fica fora para ganhar um reforço muscular. Mas é difícil porque nosso calendário é tão cheio de jogos, as pessoas às vezes acham que somos máquinas. Quero sempre estar em campo e ajudar, mas para fazer isso tenho que estar bem fisicamente. Às vezes a gente precisa de um período um pouco maior para recuperar a musculatura. Fico muito feliz de poder voltar, espero poder participar muito mais durante o ano. O calendário é muito justo, não tem descanso, semana livre. Isso dificulta bastante a recuperação dos jogadores. Não só no meu caso, mas de todos no Brasil. Temos uns mil jogadores passando por lesões, clubes tentando. É a nova realidade que a gente tem que enfrentar”.