A transação mais cara para o futebol doméstico brasileiro, o clube com maior ascensão nos últimos anos, e mais recentemente a marca mais valiosa do planeta.
Gabigol e Flamengo foi uma união que abriu de forma marcante o mercado em 2019, via empréstimo e em 2020 com a compra definitiva do atacante pelo rubro negro. Porém, mais do que se destacar como o maior artilheiro da elite nacional em só edição (com 25 gols em 2019, Gabi se igualou ao Careca no Brasileirão de 1986), Gabigol se destaca como uma figura de destaque dentro e fora das quatros linhas.
Gabriel se converteu em um ídolo repleto de elementos simbólicos (o muque da comemoração, as plaquinhas, o visual) com uma mídia social intensamente ativa, conforme mostrado por Diogo Dantas na matéria Gabigol: Ídolo do Flamengo e das crianças.
Quase performático, Gabriel se tornou uma referência de jogador e sinônimo de Flamengo para a geração mais jovem. Além da manutenção do alto nível em campo, Gabigol enquanto figura de herói, intensificada com a atuação na final da Libertadores, uniu ainda mais o espetáculo em campo com os torcedores na arena. O Mais Querido se mostrou ainda mais conectado com sua torcida com a recém lançado canal no Youtube do Flamiguinhos, com canções para as crianças.
E essa conexão, que borbulhou com a boa fase nos gramados e títulos na temporada passada, esta prestes a chegar a um outro patamar.
O negócio quase concluído entre Flamengo e Amazon, que por si só já é uma aliança que surpreende e fortifica as já sólidas finanças da Gávea.
Se Gabigol representa uma produção de conteúdo diferencia dentro do Flamengo, e com os fatos recentes já demonstrou uma nítida internacionalização, o encontro do clube com a gigante empresa americana se apresenta como uma válvula de escape para a pedregosa relação entre Flamengo e Globo.
Como aponta Bruno Maia em sua matéria, a Amazon vem pisando nos calos da emissora brasileira, principalmente com a saída de João Mesquita, ex-Globo Play para a Prime Video no Brasil. Este ultimo, o serviço streaming da Amazon, pode ser a saída para internacionalização mais do que definitiva da marca Flamengo com as transmissões de partidas.
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Obviamente isso dependeria de uma série de modificações jurídicas, como a Lei do SeAC e a Lei Geral do Esporte. Mas o que podemos evidenciar é uma mudança estrutural do que significa ter uma marca esportiva. A popularidade que o Flamengo sempre teve e se gabou, vem finalmente dando frutos concretos, do tipo que pavimenta um caminho estável para uma hegemonia no cenário nacional e continental.
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