Hoje é dia de sair às ruas do Brasil vestindo o Manto Sagrado. O torcedor do Flamengo tem dois motivos para estar alegre nesta segunda, 26 de fevereiro de 2024. Primeiro porque o time teve uma grande atuação na vitória por 2×0 sobre o Fluminense, nesse domingo (25). Mas também porque hoje se completam três anos do octacampeonato brasileiro.
Na madrugada de 25 para 26 de fevereiro de 2021, de quarta para quinta, a Nação Rubro-Negra roeu as unhas e ficou colada na televisão para ver o octacampeonato se confirmar. E não foi nada fácil. Bem à maneira rubro-negra, foi um título conquistado às duras penas, com muitos altos e baixos e um final eletrizante.
Ao contrário de 2019, quando sobrou na turma, o Flamengo de 2020 foi um time instável, que teve dois técnicos na competição. O espanhol Domenec Torrent comandou o time da estreia até a goleada por 4×0 para o Atlético Mineiro, na abertura do segundo turno. Para o seu lugar, chegou o ídolo do São Paulo, Rogério Ceni. Não parecia que daria certo, mas deu.
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Ceni assumiu o comando do time com o carro descendo a ladeira sem freios. Na terceira colocação do brasileiro, o Flamengo vinha de duas goleadas sofridas, para São Paulo (1×4) e Atlético-MG (0x4). Além disso, tinha que jogar as quartas da Copa do Brasil e as oitavas da Libertadores. Caiu nos dois mata-matas. Restou o Brasileirão.
Ceni fez mudanças vitais para acertar o Flamengo 2020
Rogério Ceni jamais conquistou inteiramente a torcida do Flamengo, mas foi fundamental para a conquista do octacampeoanto. O time de Domenec Torrent era poderoso no ataque, até porque carregava o DNA de Jorge Jesus. Mas defensivamente era um horror. Essa foi a primeira missão de Ceni no comando do Rubro-Negro.
O técnico fez isso colocando William Arão na zaga e usando o questionado Diego Ribas como volante. A torcida chiou, mas deu certo. O time parou de levar tantos gols e ai o ataque passou a fazer a diferença. Mesmo assim, ser campeão era uma missão quase impossível. O São Paulo vivia grande fase com Fernando Diniz e parecia ter embalado para a conquista.
Foi ai que um personagem conhecido da torcida por aparecer em grandes momentos novamente deu as caras. Gabigol foi fundamental na arrancada para o título. Pendurado com dois cartões amarelos, o centroavante manteve a cabeça no lugar e embalou uma sequência de atuações impecáveis com gols em seis partidas seguidas.
Torcida sofreu até o último segundo do campeonato
O último foi o da virada contra o Internacional, no Maracanã, na penúltima rodada. O Flamengo chegava a 71 pontos e assumia a liderança. Na última rodada, enfrentaria o São Paulo no Morumbi enquanto o Inter receberia o Corinnthians no Beira-Rio. O cenário para o drama estava armado. E que drama!
Se vencesse o tricolor paulista, o Flamengo não precisaria se preocupar com o resultado de Porto Alegre. Se não, teria que ficar de olho no que aconteceria no sul. E foi exatamente esse cenário que se apresentou. A derrota por 2×1 no Morumbi obrigou os rubro-negros a ficarem de olho nos celulares. O placar no Beira-Rio insistia no 0x0.
Então, aos 51 minutos do segundo tempo, Edenilson marcou o que seria o gol do título do Internacional. Quando um arrepio de terror já percorria a espinha de todo torcedor do Flamengo, apareceu a bandeira levantada. Impedimento.
O VAR checou e realmente o meia colorado estava fora de jogo. O apito final veio logo em seguida e a Nação pode comemorar. Já na madrugada de 26 de fevereiro de 2021, o grito de octacampeão ecoou por todo o Brasil.
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