Em entrevista concedida nessa quarta, Filipe Luís rasgou elogios ao seu novo treinador
Com a saída de Jorge Jesus, o Flamengo acabou sofrendo uma dura queda no seu rendimento. Goleadas sofridas, eliminações em competições de mata-mata e tropeços inesperados no Brasileirão. Isso tudo acontecendo em meio a duas trocas de técnico. Dome veio, não se firmou e foi embora. Para o lugar dele, Rogério Ceni. Apesar das críticas após ser eliminado para o Racing, seu trabalho vem agradando os jogadores. Um deles é Filipe Luís.
Na entrevista coletiva concedida nessa quarta-feira (09), o lateral-esquerdo falou sobre diversos assuntos. A resposta que mais chamou a atenção diz respeito ao trabalho do técnico que chegou no mês passado ao clube.
“O Rogério é um treinador completo, trabalha todos os aspectos, trabalha os laterais de forma individualizada, os zagueiros, a linha, de forma compactada, absolutamente tudo. Claro que isso exige um tempo para ele completar o processo. Mas existe mto dialogo e muitas correções com vídeo, onde vamos entendendo cada vez mais sua ideia”, exaltou.
Confira, abaixo, outros tópicos da entrevista.
As mudanças no departamento médico
“É o primeiro clube que eu passei que o departamento médico dá mais notícia que os jogadores. Todos os lugares que passei tinham várias lesões. Confiamos plenamente no Doutor Tannure. Ele foi o responsável pelas recuperações milagrosas minha, do Diego e do Arrascaeta. Foi o responsável por jogarmos a semifinal da Libertadores. O Doutor tem total autonomia e temos confiança nele de que vá fazer o melhor”
O churrasco pós-treino
É engraçado que isso seja notícia isso porque esse almoço a gente faz todos os meses, antes mesmo do Rafinha chegar. O intuito é que a gente não fique nesse grupo fechado de jogadores e comissão técnica. Queremos introduzir também outros funcionários do clube, o pessoal da limpeza, os jardineiros… nosso grupo é muito unido e todo mundo já sabe. Eu gostaria de expandir isso ainda mais, na Gávea, com os sócios”
Comparações com o time de 2019
“A etapa do Jorge (Jesus) acabou a partir do momento que ele foi embora. Triste, porque ele era um pai para a gente, um gestor de grupo. A saída dele foi traumatizante. E não importa o técnico que viesse. Veio o dome, mas podia ser Mourinho, Simeone, ele iria ser comparado ao Jorge. O Dome fez parte de um processo de reestruturação, o time teve que se adaptar, porque não existem dois treinadores iguais. O Rogério veio e estamos melhorando a cada dia”
Protestos da torcida e obrigação de ganhar o Brasileiro
“A partir do momento em que assinei o contrato com o Flamengo, eu sabia que é uma torcida muito exigente. A alegria de muita gente depende de nós. Sabemos sabe desse peso, dessa responsabilidade. Entendemos o protesto, é saudável que ele exista, faz com que a gente nunca relaxe. Se tem a obrigação de ganhar? No brasil existem 6 clubes que tem essa obrigação, mas só um vai ganhar. Nós temos a obrigação de estar ali brigando e lutando pra conquistar o titulo”
Cuidados para o jogo contra o Santos
“Um jogo dificílimo. O Santos é um grande clube, com grandes jogadores. O Marinho, na minha visão, é o jogador mais difícil de marcar do Brasil. O jogador que mais domina pra frente, o que mais pensa no um contra um, elétrico o jogo inteiro. Talvez não se esforce tanto na marcação, mas não é a função dele. Vai ser um jogo de exigência máxima. Que o nosso time esteja no melhor nível possível para poder ganhar, porque vai ser aquele jogo que todo mundo gosta de jogar”
Papel de Diego Alves no elenco e efeitos do imbróglio no dia a dia
O Diego é um cara importantíssimo para os jogadores, para o clube, é um cara que fez e continua fazendo história aqui. E é um cara que a gente deseja que tenha um final feliz. Não depende da gente, depende de um acordo entre as partes, ele e o Flamengo. O que eu posso destacar é o compromisso dele. Faltam quatro jogos para acabar o contrato dele e ele está jogando e treinando como se estivesse na primeira semana de treinos dele”
Filipe Luís com saudades da torcida
Que saudades da Nação! (risos). Está sendo um futebol atípico, difícil. Desde que eu jogo futebol no juvenil do Figueirense, tinha gente vendo o jogo. Por mais que sejam só 30 pessoas, você joga por isso, por amor ao torcedor. Esperamos que venha essa vacina logo para a gente sentir o calor da torcida gritando. Porque eu sou jogador por isso, desde pequeno sonhava em ouvir a torcida do Flamengo gritando o meu nome”
Motivos da queda de rendimento do Fla, segundo Filipe Luís
“O (motivo) principal é a saída do Jorge. O time, que estava dominado completamente, tanto nos treinos, quanto nos jogos, de repente tem que aprender tudo de novo. Não é culpa do treinador que vem ou que sai, mas a mudança em si abala as estruturas. Mas o segundo certamente somos nós. Nós jogadores somos os culpados por tudo que acontece no campo. Por mais que o treinador seja o diretor da orquestra, dentro do campo somos nós que fazemos a bola entrar ou a bola sair”
Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Alexandre Vidal/Flamengo
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