Em setembro deste o ano, o Flamengo divulgou a assinatura de uma opção de compra de um terreno do Grupo Peixoto de Castro, na Avenida Brasil, para construção do seu estádio. Desde então, o clube iniciou uma série de estudos de documentação e viabilidade do local. Os dirigentes do rubro-negro esperam ter todos os resultados ainda em dezembro, para definir se exercerão, ou não, o direito de compra.
O local tem cerca de 160 mil metros quadrados e fica localizado entre Manguinhos e Benfica. No terreno, funcionava a GPC Química, que produzia resinas termofixas e metanol, desativada em 2013. O Flamengo aguarda o resultado do levantamento topográfico e análise química do solo. A expectativa é que em cerca de 40 dias haja uma definição sobre estes estudos. Em paralelo, outras situações estão sendo analisadas, como o plano de negócios. A princípio, o clube tem até o dia de 10 janeiro para exercer o direito de compra.
O projeto ainda será apreciado pelos conselhos e órgãos internos no clube. O terreno é considerado mais que suficiente para a construção do estádio projetado pelo Flamengo, com capacidade para 52 mil pessoas e estacionamento horizontal.
Maracanã
O Flamengo não descartou ainda a possibilidade de administrar o Maracanã, apesar da ideia ter perdido quase toda força nos últimos meses. No último dia 24 de outubro, ao jornal O Globo, o governador Luiz Fernando Pezão revelou que deve lançar um novo edital para o estádio até o final de novembro.
O clube reafirmou o interesse “dependendo das condições”. O Flamengo tem pressa e não quer depender do estádio nos atuais moldes. Se o imbróglio não for resolvido ou demorar, o Fla partirá, de forma definitiva, para a construção do seu estádio.
Flamengo x Odebrecht
As desavenças envolvendo Flamengo e a Odebrecht, atual administradora do estádio, não param de crescer. Após negociações complicadas e prejuízo para o clube, o embate ganhou mais um capítulo na justiça. No último dia 19 de outubro, Milena Angélica Drumond Morais, da 38° Vara Cível do Rio de Janeiro, analisou ação do rubro-negro, que visava a redução do valor a ser repassada à empresa por jogo, em 2018. A magistrada julgou o pedido do Flamengo como procedente em parte, dando um parecer proibindo o aumento dos valores atuais fixados no contrato, mas rejeitando o pedido do clube de redução dos gastos.
Ainda lutando para que o teto com despesas do Maracanã sede de R$ 100 mil, o Fla deve recorrer da decisão da juíza. Uma audiência de reconciliação entre Flamengo e a administradora do estádio está marcada para o dia 05 de dezembro.