O Flamengo se tornou um fenômeno no futebol sul-americano. Os argentinos, por exemplo, não param de citar o Mais Querido diariamente entre as suas notícias. O clube trabalhou para chegar neste momento, quitando dívidas, abdicando de jogadores e controlando o dinheiro com times medianos para alavancar sua saúde financeira, além do aumento estrondoso no valuation.
Com mais uma final de Libertadores brasileira, entre Flamengo e Athletico-PR, o jornal Buenos Aires Times publica nesta segunda-feira (12): “Os clubes de futebol do Brasil dominam a América do Sul – e a diferença está cada vez maior”, mostrando desespero.
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Fazendo comparativo entre as premiações da Copa do Brasil e da Argentina, o jornal traz: “US$ 15 milhões para o campeão no Brasil, contra US$ 250.000 (no câmbio oficial) em nosso país. Cerca de sessenta vezes menos.”.
Elenco mais valioso do Brasil e da América do Sul, o Flamengo não deixou de ser citado. Vidal foi procurado pelo Boca Juniors antes de fechar com o Mengão e o jornal traz as cifras gastas com o chileno.
“Arturo Vidal, craque chileno que deixou a Inter de Milão na Itália e foi procurado pelo Boca como reforço do elenco este ano, recebe US$ 285 mil por mês (quase US$ 3,5 milhões por ano) do Flamengo, time brasileiro que derrotou Vélez nas semifinais da Libertadores. E o seu não é nem o maior contrato do elenco” escreve, não esquecendo de Gabigol.
Jornal usa Flamengo como ‘hipérbole’ para mostrar diferença entre clubes dos dois países
O jornal aposta fortemente no Flamengo como exemplo de disparidade econômica e cita clube como hipérbole na compreensão da diferença de nível dos países.
“Mas enquanto o Flamengo representa a hipérbole dessa diferença astronômica entre as economias de clubes brasileiros e argentinos, dentro da equipe de jogadores do outro lado que chegou à final do torneio mais importante do continente também há exemplos marcantes”, diz o jornal, antes de citar Fernandinho no Athletico.
Além disso, os argentinos ainda comentam o aumento da distância entre brasileiros e argentinos relembrando as últimas finais da Libertadores.
“Quatro dos últimos cinco campeões da Libertadores foram brasileiros: Grêmio em 2017, Flamengo em 2019 e Palmeiras em 2020 e 2021. O deste ano também será. Só o River Plate, em 2018 e na memorável final contra o Boca em Madrid, conseguiu quebrar essa hegemonia. Foi uma exceção que confirmou a regra: as equipes brasileiras estão cada vez mais se distanciando de seus rivais argentinos”, finaliza.