Apesar da boa campanha na Supercopa do Brasil Feminina, o Flamengo não conseguiu superar o Corinthians e ficou com o vice campeonato. O placar de 4 a 1 reflete a diferença de um projeto sólido e outro que ainda dá seus primeiros passos.
Reativado em 2016, o Corinthians Feminino conquistou desde então a Taça Libertadores três vezes (2017, 2019 e 2021), o Brasileirão quatro vezes (2018, 2020, 2021 e 2022), a Supercopa do Brasil duas vezes (2022 e 2023), além do Campeonato Paulista (2019, 2020 e 2021) e a Copa do Brasil (2016).
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De 2016 até 2017, o Corinthians Feminino esteve em uma parceria com o Audax, mas foi em 2018 que Cris Gambaré, diretora do departamento de futebol feminino, assumiu a modalidade de maneira exclusiva. Já em 2020, o clube paulista profissionalizou todas as suas atletas.
Além do investimento para dentro das quatro linhas, com salários e grandes contratações, o Corinthians Feminino também investe fora de campo. A equipe foi uma das primeiras do Brasil a ter redes sociais exclusivas para a modalidade feminina, aproximando o torcedor das jogadoras.
O resultado é explicitado pelos números, com o Corinthians sendo responsável por três dos quatro maiores públicos da história do futebol feminino no Brasil.
De acordo com a lateral Tamires, que falou com a imprensa após o título da Supercopa, o apoio recebido na modalidade é fundamental para as conquistas do Corinthians.
“Acho que o Flamengo precisa rever. Olha o Corinthians! O Corinthians ganha títulos porque é isso aqui, o Duílio põe a gente para jogar na Arena, a torcida vem e lota o estádio. Nada que a gente está conquistando hoje é por simplesmente ter talento, nós também recebemos esse apoio todo do clube e da torcida”, afirmou.
Flamengo começa a fazer investimentos maiores no futebol feminino
Conhecido por seus grandes investimentos recentes no futebol masculino, o Flamengo começa a olhar com mais atenção para a modalidade feminina. Recentemente, o Mercado Livre ampliou sua parceria com o Rubro-Negro e passou a estampar a camisa das Meninas da Gávea.
Além disso, o clube passou a investir em contratações para o futebol feminino nas últimas temporadas e vem colhendo os frutos. Com boa campanha na Supercopa 2023, o Fla também se destacou na conquista da Brasil Ladies Cup, em 2022.
As categorias de base também vem evoluindo, com o Mengão tendo chegado até a semifinal do último Brasileirão Feminino Sub-20. Vitor Zanelli, vice-presidente do futebol feminino rubro-negro, falou sobre o investimento na modalidade.
“O lema do Flamengo é craque o Flamengo faz em casa. Nós vamos sempre investir na base, é o nosso futuro. No Brasil, são poucos os projetos que trabalham bem a base e esperamos que isso aumente. Nosso objetivo é ajudar nesse fomento. Queremos ampliar as oportunidades e os sonhos das atletas. Hoje, temos algumas meninas que estão disputando o Brasileiro Sub-20 e fazem parte do elenco principal não por necessidade, mas sim por qualidade”, afirmou ao GE.
Contudo, fora de campo o Fla ainda fica devendo. O clube não possui um perfil ativo focado em futebol feminino nas redes sociais, além de não divulgar de forma efetiva as atividades da modalidade.
O clube também peca ao não realizar os grandes jogos da equipe feminina no Maracanã. Mandante nas semifinais da Supercopa do Brasil, o Flamengo encarou o Real Brasília no Estádio Luso Brasileiro.
Por fim, a temporada 2023 promete para as Meninas da Gávea. Com diversas contratações de peso, o Flamengo chega forte para a disputa do Brasileirão e das demais competições.
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