Bruno Henrique saiu lesionado de campo no jogo contra o Cuiabá, na última quarta-feira (15). O Flamengo publicou que sua lesão foi multiligamentar, mas ainda não há informações sobre o tratamento da lesão e se o camisa 27 precisará passar por cirurgia.
Com as informações já publicadas pelo Rubro-Negro, o fisioterapeuta Hector Pelerano, procurado pelo Mundo Rubro Negro, explica a contusão do jogador com mais detalhes. Como se trata de uma lesão multiligamentar, diversos ligamentos foram afetados, e Hector deixa claro o que acontece com os ligamentos e quais deles foram contundidos.
“Bruno Henrique sofreu uma entorse no joelho em um mecanismo que chamamos de hiperextensão com varo (lateralização do joelho) que é quando a articulação excede as amplitudes de movimento e em consequência os ligamentos são levados ao seu limite. A lesão acontece porque o defensor do Cuiabá ao disputar a bola toca lateralmente no pé de Bruno Henrique, forçando sua pisada para o meio enquanto seu joelho vinha para lateral com uma energia enorme. Esse mecanismo de lesão sugere lesão em vários ligamentos, onde podemos citar ligamento cruzado anterior (LCA), ligamento Cruzado posterior (LCP), ligamento colateral lateral (LCL) e canto póstero lateral (CPL), além do menisco lateral”, explica Hector.
Bruno Henrique pode perder restante da temporada do Flamengo dependendo do tratamento e gravidade da lesão
O fisioterapeuta ainda explica como esse tipo de lesão deve ser tratada.
“Devido o número de estruturas envolvidas é natural a articulação estar cheia de líquido e esse excesso de edema dificulta a visualização com clareza dessas estruturas. Então é importante um protocolo de fisioterapia utilizando recursos analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir ao máximo esse edema e assim realizar um novo exame de imagem. A redução do edema e também da dor vai possibilitar a equipe médica do Flamengo realizar testes ortopédicos especias que somados a imagem da ressonância magnética trará mais assertividade ao próximo passo a ser dado, sendo tratamento conservador baseado em fisioterapia e o tratamento cirúrgico”, relata o profissional.
Como o Flamengo ainda não sabe se será necessário fazer cirurgia, esse tratamento pode variar, assim como seu tempo de recuperação. Isso pode ser preocupante, já que pode levar de três a nove meses. No pior dos casos, em uma cirurgia, é provável que Bruno Henrique só volte a jogar na próxima temporada.
“Caso seja conservador, onde a gente presume que não houve ruptura total dos ligamentos envolvidos, a reabilitação tem tempo médio de 12 semanas. Sendo tratamento cirúrgico, com ruptura total dos ligamentos e dependendo de quais ligamentos forem envolvidos, o tempo pode variar de 6 a 9 meses para seu retorno aos gramados”, finaliza Hector.
O próximo jogo do Flamengo é contra o Atlético-MG, no domingo (19), no Mineirão, às 16h (Horário de Brasília). A partida marca o início de uma provável sequência sem Bruno Henrique, e os torcedores esperam que ela seja o menos longa possível.