25 de julho é o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. E nesta data de luta e resistência, o Mundo Rubro Negro homenageia e recorda da mulher negra mais importante da história do Clube de Regatas do Flamengo: Érica Lopes, a ‘Gazela Negra’.
Érica Lopes é uma lenda do maior clube do Brasil. Mas muitos não reconhecem esse nome, apesar de cantar a plenos pulmões uma música que a cita, no Maracanã. “Gazela Negra, corre o tempo no olhar”. Ela ficou famosa após ser uma das homenageadas no samba da Estádio de Sá no carnaval de 1995, que até hoje é um dos hits da torcida do Mengão.
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No Dia da Mulher Negra, o maior nome do atletismo do Flamengo
O Flamengo descreve Érica Lopes como o maior nome do atletismo na história do clube. “Gazela Negra” foi uma atleta campeã nas provas de 100 e 200 metros nos anos 1960. A alcunha foi assim dada pelo famoso Jornal dos Sports, nos jogos da Primavera.
Érica veio para o Flamengo com 22 anos, em 1960 e já chegou se destacando. Conquistou diversos Campeonatos Estaduais e títulos do troféu Brasil de atletismo. Em entrevista a Fla TV em 2013, contou sobre os recordes batidos e sobre a paixão pelo clube.
“Fui campeã carioca desde que cheguei. A primeira coisa que eu quis saber quando cheguei aqui eram os recordes femininos que tinha, porque eu queria bater todos. E bati. Eu comecei a tomar aquele amor pelo Flamengo, ao ponto de morrer a minha irmã, eu tinha que ir para Porto Alegre para o enterro. Mas no dia seguinte tinha o Troféu Brasil, que o Flamengo sonhava em ganhar. Deixei de ir ao enterro, estava triste, chorando e venci todas as provas, e o Flamengo foi campeão”.
Gazela Negra ainda foi técnica do Flamengo entre 1974 e 1990, ajudando o clube a formar novos talentos no esporte.
Torcedores criam o Coletivo Gazela Negra
No Dia da Mulher Negra, lembramos também que a história da lenda do Flamengo não se limita às pistas de atletismo. Existe nas redes sociais o Coletivo Gazela Negra, para relembrar sua memória e dar destaque para outros atletas negros do Flamengo. Nesse sentido, o movimento explica a importância do resgate de sua história.
“É necessário refletir acerca das questões que fazem com que a Gazela Negra figure tão pouco no imaginário social do torcedor, frente aos nomes de outros destaques que deixaram sua marca no clube, não só no futebol. (…) É a partir dessa e outras demandas que nasce este coletivo que humildemente traz em seu nome essa homenagem a Érica Lopes. O Coletivo Gazela Negra – um aquilombamento de pretas e pretos rubro-negros, autônomo e sem vínculos com qualquer outro grupo político”, diz por fim o texto.
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