O Especial “Personagens do Semestre Perdido” apresenta 11 peças-chave para os resultados do 2023.1 do Flamengo. A maior parte desse elenco decepcionou, mas alguns se salvaram e outros contam com nossa certeza de que ainda podem muito em breve ajudar a reverter o quadro de vexames históricos que machucou a Nação nos primeiros meses desta temporada.

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Quando o vice-presidente de Futebol Marcos Braz prometeu uma contratação “bombástica” para 2023, poucos rubro-negros poderiam desejar um nome melhor do que o de Gerson. Ídolo do clube, campeão da Libertadores, talvez o melhor jogador do Flamengo no momento em que foi vendido para o Olympique de Marselha, voltava para casa ainda jovem (26 anos completos em maio) e possivelmente em definitivo, num movimento de mercado pouco comum mesmo para um clube de receita bilionária como o Flamengo.

O início, porém, foi muito pior do que qualquer torcedor poderia esperar. Na estreia do Mundial, Gerson foi expulso ainda no primeiro tempo numa decisão polêmica da arbitragem, que o puniu com o segundo amarelo por uma simulação de pênalti. O Flamengo foi derrotado pelo Al Hilal e viu ruir o sonho de conquistar o mundo de novo sem nem mesmo poder jogar outra final.

Mas não foi só no Mundial que Gerson iniciou mal a temporada. Ele começou meio perdido em campo, parecendo uma substituição para pior de João Gomes, vendido para o Wolverhampton. Não ajudava na marcação e viu o Flamengo ter a pior média de gols sofridos dos últimos anos e acumular derrotas com Vitor Pereira.

Também não dava grandes contribuições ofensivas e, como o resto do time, parecia não estar no ápice do condicionamento físico. O tiro certeiro da contratação bombástica parecia caminhar para se tornar uma grande decepção. O mau desempenho foi viralizado pelo desabafo de um torcedor que dizia que o meia estava se achando “o De Bruyne” – sem passar perto de repetir o desempenho do meia belga do Manchester City.

O coringa Gerson voltou ao Flamengo depois de passagem sem brilho no Olympique de Marseille
Na estreia do Mundial, Gerson foi expulso ainda no primeiro tempo. Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Porém, a saída de Vitor Pereira abriu caminho para o reencontro de Gerson com Jorge Sampaoli. O técnico argentino foi o responsável por sua contratação no Olympique de Marselha após se impressionar com o desempenho do volante como rival dos tempos de treinador de Santos e Atlético-MG. Também encontrou, ainda no clube francês, uma nova função para Gerson, mais avançado do que no Flamengo de Jorge Jesus.

“Falei para levá-lo para o Olympique, e o primeiro contato que tive com ele foi muito ruim porque ele jogava de outra forma. Terminou jogando de forma espetacular na França”, declarou o técnico em entrevista à Fla TV.

Com Sampaoli, um novo Gerson apareceu no Flamengo. O jogador se tornou uma das principais peças do time jogando na função mais avançada a partir da entrada de Erick Pulgar para compor a dupla de volantes com Tiago Maia. Marcou gols em duas partidas consecutivas pela primeira vez na carreira.

E no jogo contra o Santos, ma 12ª rodada do Brasileiro, assumiu o papel de maestro e garçom, com três assistências. Com isso, já é o principal atleta no quesito no Campeonato Brasileiro, com seis passes para gol. Uma espécie de versão brasileira de… De Bruyne.

Contratação mais cara da história do clube

Assim, começa a justificar o alto investimento no Flamengo para repatriá-lo da França. A contratação, em reais, é a mais cara da história do clube, já que embora o valor de 15 milhões de euros seja inferior aos 17,5 milhões de euros gastos em Gabigol em 2020, a cotação se desvalorizou nesse período. Assim, Gerson custou R$ 92 milhões, mas ainda assim representou lucro para o Flamengo mesmo computando a compra anterior, em 2019, de R$ 49 milhões. Isso porque o valor da venda para o Marselha foi de quase R$ 190 milhões. 

Se financeiramente já foi um grande negócio antes mesmo de chegar, Gerson pode se tornar um investimento ainda mais certeiro se mantiver o nível de atuação que a torcida esperava dele e que ele demorou para mostrar. Mas, sob o comando de Sampaoli, já começa a aparecer. O desafio agora é conseguir transformar as boas atuações em regularidade, sem recaídas como a que abateu o time inteiro contra o Bragantino. Se isso acontecer, o potencial de crescimento para Gerson – e para o Flamengo – é tão grande quanto as cifras movimentadas pela sua contratação.

Me sinto um dos caras mais felizes do mundo. O dia mais feliz foi quando eu tive minha filha e quando eu tive a oportunidade de jogar a primeira vez aqui pelo Mengão. Hoje é a mesma coisa. Muito feliz. Que Deus nos abençoe. Espero que dê tudo certo como na primeira passagem

Gerson

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