O Especial “Personagens do Semestre Perdido” apresenta 11 peças-chave para os resultados do 2023.1 do Flamengo. A maior parte desse elenco decepcionou, mas alguns se salvaram e outros contam com nossa certeza de que ainda podem muito em breve ajudar a reverter o quadro de vexames históricos que machucou a Nação nos primeiros meses desta temporada.

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O primeiro semestre de 2023 teve muitas semelhanças com o de 2022 para o Flamengo. Um técnico português que não conseguia extrair o melhor do time com uma série de atuações decepcionantes e sem títulos. Uma grande diferença, porém, foi a atuação do uruguaio Giorgian de Arrascaeta. Se no início do ano passado o jogador se destacou e carregou o time de Paulo Sousa nas costas em muitos momentos, em 2023 ele esteve irreconhecível por boa parte do tempo – quando jogou.

Desde que chegou no Flamengo, Arrascaeta nunca enfrentou tantos problemas físicos. O meia passou a maior parte do semestre no departamento médico, jogando no sacrifício ou sem estar nas condições físicas ideais, por conta de uma pubalgia e diferentes lesões musculares. Como resultado, desde março, só ficou em campo os 90 minutos em quatro partidas pelo Flamengo. A última delas, justamente a mais recente, contra o Athletico-PR.

Neste sentido, Arrascaeta foi o grande símbolo de um elenco que enfrentou dezenas de lesões musculares e apresentou graves problemas de condicionamento durante todo o semestre, algo do que o próprio técnico reclamou ao denunciar mais de uma vez a falta de “intensidade” do time, a mais recente após o vexame contra o Bragantino.

O jogo completo mais recente de Arrascaeta veio depois, justamente, de uma rara barração do meia por escolha técnica. Sampaoli optou por deixar o uruguaio no banco contra o Santos mesmo com ele tendo condições físicas. Instado a explicar, o técnico disse que o time jogou como treinou.

Meia foi preterido na primeira convocação de Bielsa

É inegável que, quando joga, Arrascaeta continua sendo o toque diferenciado de qualidade no time do Flamengo. A eterna busca por um reserva para o meia continua sem um desfecho depois que o Flamengo ensaiou, e por enquanto não conseguiu, contratar seu colega de seleção, De La Cruz, do River Plate e/ou Claudinho, do Zenit.

O que muitas vezes é uma solução vem sendo um problema num semestre em que Arrascaeta só esteve em campo em 26 das 42 partidas do Flamengo – e isso numa temporada em que a Data Fifa, que tanto tirou o craque da escalação rubro-negra nos últimos anos, passou a ver o calendário de jogos no Brasil suspenso.

Arrascaeta em campo pelo Flamengo; jogador confirmou que recebeu sondagem de clubes árabes
É inegável que, quando joga, Arrascaeta continua sendo o toque diferenciado de qualidade no time do Flamengo.
Foto: Flamengo / Divulgação

Não que tivesse feito diferença na última convocação. O novo técnico do Uruguai, Marcelo Bielsa, deixou Arrascaeta de fora da sua primeira lista, mesmo após o meia ter sido o grande destaque do Uruguai na Copa, marcando os dois gols da seleção contra Gana depois de ter sido reserva nas duas primeiras partidas. O status dele no Uruguai nos próximos meses será uma incógnita.

Assumido discípulo de Bielsa, Sampaoli também parece não ver o meia como o jogador indispensável de outros técnicos. Mas Arrascaeta foi uma das peças importantes na sequência de dez jogos de invencibilidade que recolocou o Flamengo na disputa dos três títulos na temporada. Foi ele, por exemplo, quem abriu o caminho para a classificação contra o Fluminense na Copa do Brasil. 

Talvez o rodízio imposto por Sampaoli, que deve crescer ainda mais com a chegada de reforços na janela, seja a solução para que, quando atuar, Arrascaeta possa ser mais decisivo como costuma ser desde 2019. O mês de junho foi o primeiro em que o uruguaio esteve à disposição do técnico em todos os jogos, numa esperança de que os problemas físicos possam ter ficado para trás.

A volta de Bruno Henrique também dá uma nova opção para que Arrascaeta possa exibir uma de suas principais virtudes, os passes em profundidade que abrem defesas e melhoram toda a produção ofensiva do Flamengo.

A melhora de desempenho será fundamental para que o uruguaio afaste reclamações que começam a surgir de supostas faltas de foco e dedicação depois que venceu a batalha para renovar o seu contrato no ano passado. A inofensiva venda de bolos que o levou ao programa de Ana Maria Braga pode ser vista como folclore quando a fase é boa, mas vira cobrança quando a bola não entra.

Os rumores de uma oferta irrecusável do Al Nassr, time de Cristiano Ronaldo e do ex-técnico do Botafogo Luís Castro, porém, serviram para lembrar todos que Arrascaeta pode ter vivido melhores fases, mas continua indispensável e insubstituível no time do Flamengo. 

Estou 100%, graças a Deus. Fizemos uma mini pré-temporada, e deu para ajudar o time a voltar 100%. E tomara que a gente possa ter agora uma sequência de jogos na melhor forma. Porque, se a gente está bem fisicamente, tecnicamente a gente vai melhorar muito, com certeza.

Arrascaeta

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