No decorrer desta semana, um dos assuntos mais comentados nos programas esportivos foi a possibilidade do estádio Mané Garrincha receber a grande final do Carioca entre Flamengo e Fluminense. A expectativa da FERJ era de colocar cerca de 20 mil pessoas na arena, marcando a volta dos torcedores aos jogos de futebol no Brasil. Mas pelo péssimo estado do gramado no Distrito Federal, a ideia foi rechaçada. No entanto, o programa Seleção SporTV entrou em contato com o infectologista Alberto Chebabo, que avaliou o movimento feito pela federação carioca.
De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o Brasil não está preparado para promover eventos que provocam grande aglomeração.
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”Não estamos neste momento (retorno de público) no Brasil. Diferente de outros locais (Inglaterra, Estados Unidos e Austrália), a gente ainda tem uma taxa de transmissão muito elevada no país, uma taxa de internação também muito alta, número de óbitos bastante elevado, apesar dele vir em queda nas últimas semanas. Mas isso não significa que hoje temos condições de abrir grandes eventos esportivos com presença de público”.
Em seguida, o apresentador André Rizek perguntou quais seriam os requisitos para que fosse aprovado o retorno dos torcedores. De acordo com infectologista, cerca de 40% da população pelo menos teria que estar vacinada.
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”Precisaríamos de ter pelo menos 40 a 50% da população vacinada, idealmente com duas doses. E uma redução importante de número de casos, com uma transmissão abaixo de 1. Ou seja, com a epidemia em contração. Por exemplo, uma pessoa passando para menos de uma pessoa. E para isto acontecer, a gente precisa estar com a população vacinada. E com vacinas que consigam reduzir essa transmissão e o risco de infecção”, completou.