O sonho do estádio próprio do Flamengo segue em pauta no clube. O assunto voltou com força nos últimos dias. Por isso, o presidente Rodolfo Landim revelou em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira alguns pontos importantes. O principal é que o clube pode conseguir até de graça.
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De acordo com Landim, o valor para o Fla pode chegar a ser negativo. Ou seja, o clube pode conseguir o terreno não só de graça, como pode ser pago para tal. Isso porque o FI-FGTS aplicou R$ 5 bi no negócio. Mas com o passar do tempo, teve prejuízo de R$ 4,2 bi.
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Agora, o fundo conta com apenas R$ 730 milhões. O prejuízo foi alto. A prefeitura investiu em CPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção). Assim como Barcelona revitalizou área portuária após as olimpíadas de 1992, Eduardo Paes tentou fazer o mesmo. Mas sem sucesso.
“Pode até chegar a um valor negativo, tamanho o potencial que o Flamengo possui. O terreno em si, pois os CEPACs podem ser transferidos para outras áreas. Queremos demonstrar que tem retorno. Mas o valor será uma queda de braço. Numa negociação só há acordo se o valor mínimo de quem aceita vender for menor do que o máximo do que outro está disposto a pagar. Para isso precisamos de um estudo bem fundamentado que está em andamento. Só não quero que sejam sócios. O terreno e o estádio serão do Flamengo”, diz Landim.
Flamengo quer explorar necessidade do FI-FGTS
O Flamengo vai conversar com a Caixa pelas próximas semanas. Landim explica que o clube planeja explorar a necessidade do fundo de vender o terreno.
“Se eles tinham um plano de negócio, estão valorando os ativos aportados por algo muito menor. Pois ninguém consegue mostrar a eles um projeto que traga o retorno que esperavam. Isso pode ser um argumento para que o Flamengo traga um projeto novo. Saindo um novo valuation (análise do valor de um ativo) para aquela área. No mínimo reduzindo o enorme prejuízo”, explica.
Outra importante estratégia do Flamengo é a sua marca. O estádio do clube no local seria capaz de alavancar toda a região. Comprando apenas um pedaço de terra do fundo, os terrenos em volta seriam valorizados automaticamente. Assim, um grande centro comercial se beneficiaria e lucraria com a simples presença no Mengão na área.
“A minha tese é a seguinte. Existem inúmeros terrenos ali. Se o clube tiver um deles, valorizaria os demais que estão em volta. Seria a chance de fazer decolar a região com o surgimento de todo um complexo comercial. Shopping, hotéis, etc. Foi esse o argumento que comecei a utilizar nas conversas com o pessoal da Vinci Partners. Mas eles estão ali querendo maximizar o retorno e isso o Flamengo não deseja”, complementa.
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