Um dos maiores nomes do Flamengo nos anos 90, o ex-lateral-direito e volante Charles Guerreiro é o novo técnico do Imperatriz, do Maranhão. O treinador assume após a demissão de Samuel Cândido. O profissional saiu depois da derrota para o Paragominas. Com o revés, o clube maranhense saiu do G4 do Grupo A2, na Série D do Campeonato Brasileiro. A informação foi confirmada neste domingo (22).
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Charles já fazia parte do Imperatriz, onde exercia o cargo de gerente de futebol. Mas com a saída de Samuel, ficará no comando do time nas duas próximas rodadas. Em nota, a diretoria informou a saída do ex-técnico e a efetivação de Guerreiro:
“Agradecemos por seu profissionalismo, empenho e dedicação durante sua passagem pelo Imperatriz. Desejamos sucesso em sua caminhada pessoal e profissional. Valeu, professor!”, disse o comunicado do clube.
Charles Guerreiro começou a carreira pós-jogador em 2006, no Ananindeua-PA. Em seguida passou por Remo, Paysandu – onde foi campeão estadual em 2010 – Tuna Luso e Independente-PA. Agora, o ex-Flamengo tentará classificar o time do Maranhão para a próxima fase. A equipe está na quinta colocação com 15 pontos, dois atrás da zona de classificação.
Ídolo da torcida do Flamengo, Charles Guerreiro brilhou por seu estilo forte
Natural de Belém, no Pará, Charles Guerreiro se destacou no Flamengo, onde chegou em 1991. O então jogador foi envolvido num troca-troca de atletas com o Guarani, que ainda envolviam os meias Ailton e Toninho. Mas rapidamente se adaptou e conquistou espaço na equipe.
Polivalente, foi campeão carioca em 1991 e campeão brasileiro em 1992. Ganhou o apelido de “Guerreiro” por sua raça em campo. Chegou à Seleção Brasileira em 1992. Em 1995 voltou a vestir a amarelinha, contra a Argentina, em um amistoso. No entanto, acabou deixando o Rubro-Negro no mesmo ano.
Após o término da carreira, Charles Guerreiro comentou à TV Band sobre sua passagem pelo Flamengo:
“No Flamengo, eu vivi o melhor momento da minha carreira, chegando até na seleção. O Mestre Júnior e o Gilmar (Rinaldi) foram dois dos grandes amigos que eu tive no Flamengo. Eles me ajudaram muito. Mas não era fácil um jogador do futebol do norte, com passagens pelas equipes de Campinas, ter sucesso no Flamengo”, contou.
Foram 246 jogos com a camisa do time da Gávea (123 vitórias, 67 empates, 56 derrotas) e dois gols marcados. Charles encerrou sua carreira em 2002. Entretanto, no Remo, maior rival do clube em que havia iniciado a carreira, o Paysandu.