Ricardo Martins | Twitter @Rick_Martins_BH
No dia 27 de julho de 2011 eu estava em uma pousada na Serra do Cipó, cerca de 100 km de Belo Horizonte. Lá a internet é sofrível, mas, para a minha sorte, o Santos e Flamengo disputado na Vila Belmiro era o jogo transmitido pela TV Globo para Minas Gerais naquele dia.
Eu via o jogo praticamente solitário, num ambiente repleto de torcedores de outras cores. Minha filha e minha esposa acompanhavam a partida indiretamente, mas só começaram a prestar alguma atenção relevante após o Flamengo transformar em gols a sua igualdade dentro de campo.
O jogo épico já foi bem retratado pelos meus colegas de MRN. Então, eu só posso acrescentar que a partida foi típica dos grandes jogos do Santos na década de 60. Naquela época o Flamengo não era páreo para a equipe santista. Inclusive, o time do Santos era admirado por todos os cariocas. O Santos era capaz de encher o Maracanã contra adversários de outros países, tamanha era a beleza do futebol daquele time.
Na década de 60 chegaram a inventar que o Botafogo era o outro grande time do Brasil. Mas apenas o Santos conquistava títulos importantes. Talvez apenas o Cruzeiro tenha desbancado a seleção santista de Pelé e companhia.
O Santos e Flamengo de 2011 entrou para a história, mas eu só soube disso nos dias seguintes, ao voltar para Belo Horizonte. Afinal, não se falava em outra coisa. Aquele jogo já era a partida do ano e, a cada comentário, o Flamengo era mais enaltecido. Algumas pessoas se entregavam e admitiam que correram para apagar comentários precipitados após os 3×0 favoráveis ao Santos.
Aquela partida mexeu com todo o País. Definitivamente não foi uma partida dessa época. O Santos 4×5 Flamengo rompeu com o pragmatismo chato das goleadas por 1×0. Naquele dia 27 de julho de 2011 os times jogaram como todos querem que seus times joguem. Não foi uma partida de futebol. Foi “a” partida de futebol.
Santos e Flamengo eternizaram aquele dia. E todo o Brasil viu, e se encantou…
Cordiais Saudações Rubro-Negras!