Nesta terça-feira (5), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) enviou notificação disciplinar ao STJD em função frase “Antes morto que vermelho”, identificada como nazista, utilizada pela torcida Loucos pelo Botafogo antes de clássico com o Flamengo. Em entrevista ao UOL, Rafael Kastrup, presidente da organizada, afirmou que a frase foi tirada de contexto.
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De acordo com Rafael, os integrantes da torcida organizada foram pegos “de surpresa” com a denúncia. “Botafoguense não gosta de vermelho. Criou-se uma conotação que é uma viagem total. Foi contexto do futebol, da cor do clube rival, não sobre nazismo”, disse.
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Além disso, o presidente da Loucos pelo Botafogo afirmou que a torcida do Grêmio já usou a frase em função da rivalidade com o Internacional. Em seguida, afirma que os responsáveis pela publicação desconheciam que a frase foi utilizada em propaganda do nazismo.
As pessoas que fizeram essa publicação, do nosso marketing, são todos muito jovens, mal sabem o que é o nazismo, não tem maldade nenhuma. Eu mesmo, presidente, desconhecia. Não vivi o nazismo, estudei no colégio, mas não tenho nada a falar sobre o assunto além de ser lamentável”, finalizou.
A ABI identificou a frase na publicação da torcida como uma possível adaptação da expressão alemã “Lieber tot als rot” (“Melhor morto que vermelho”, em tradução livre). O slong veiculou pela rádio Werwolf, comandada durante o período do Terceiro Reich, entre 1933 e 1945, por Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda de Adolf Hitler.
Vale destacar que muitos torcedores do Botafogo e outros clubes identificaram a ligação do slogan com o slogan da Alemanha Nazista e pediram para a postagem ser excluída. No entanto, a publicação segue na rede social da organizada.
Jornalista denuncia que torcida do Botafogo atirou cerveja em setoristas do Flamengo
Jornalista da Band, Flávio Amendola denunciou que a torcida do Botafogo atirou cerveja e outros objetos em jornalistas que estavam no Nilton Santos. De acordo com o Amendola, a área reservada para a imprensa é muito próxima a torcida mandante e os torcedores encontram facilidade em atrapalhar o trabalho dos jornalistas presentes.
”Quero fazer até um pedido aqui, encarecidamente a todo mundo que comanda lá o Botafogo. A gente da imprensa teve que ficar em um lugar extremamente perigoso para gente. Ou seja, tivemos que ficar no meio da torcida. Na hora do gol do Botafogo, eu e vários colegas fomos molhados por cervejas”, disse Flávio no programa Os Donos da Bola desta segunda-feira (4).
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