Globo e Flamengo não chegaram a um acordo e os jogos do Rubro-negro no Campeonato Carioca não serão transmitidos com imagens em nenhuma plataforma, apenas pelo rádio. Em entrevista ao Blog do Rodrigo Capelo, o diretor de direitos esportivos da emissora, Fernando Manuel, explicou os motivos que levaram a negociação não ter um desfecho positivo.
“O Flamengo possui o direito de precificar, propor e pleitear o que ele considera adequado. Há um distanciamento entre Globo e Flamengo sobre o valor. Nós desejamos um acordo com o Flamengo, acredito que eles queiram um acordo com a Globo. Contudo, existem diferenças materiais do que se pode entregar neste acordo, neste momento, e sobre as circunstâncias”, disse o dirigente.
“Além das questões financeiras, existe um princípio sobre como lidar com os direitos de uma maneira, eu diria, mais coletiva. Em que existam critérios que levem a uma remuneração, mas não a uma precificação por etiqueta. Não queremos que alguns clubes tenham valores maiores ou menores de maneira pré-determinada. Eu diria que o grande fator que leva a essa situação é exatamente a negociação individual. O Flamengo deseja ver refletido nas suas receitas um valor adicional por uma performance melhor. É normal, natural e correto que alguém dentro de um clube, que logrou resultados, queira condições melhores. A grande questão, e isso explica por que a negociação coletiva das grandes ligas funciona bem, é que a indústria precisa ser sustentável. Quando um quer ganhar mais, outro tem que ganhar menos. É preciso ter um modelo que equilibre as contas dos clubes, mas que no final envolva todo mundo. Na hora em que um não está dentro desse modelo, logicamente essa proposta não pode ser concretizada”, completou.
AUSÊNCIA DO FLAMENGO AFETARÁ DEMAIS CLUBES?
“Quando nós compramos um campeonato aqui, e eu falo sobre os meus quatro anos de gestão, em toda e qualquer aquisição de direitos a Globo não arbitrou sobre o rateio. Nem entre clubes, nem federações. Nós compramos o campeonato. Ao entregar aquele recurso para a FFERJ, a FFERJ determina o rateio entre os clubes. Eu tenho o entendimento de que existe um valor maior para os clubes chamados grandes, por terem maior torcida, e existe uma tabela para os demais. Mas essa é uma definição das federações. Quando a gente olha para a Copa do Brasil, é a mesma coisa. Nós pagamos à CBF, e a CBF tem um critério para repartir o dinheiro com os clubes, que se paga fase a fase”, explicou Fernando Manuel.
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