MRN Informação | Bruno Guedes – Quando Flamengo e Vélez Sarsfield entrarem em campo nesta terça-feira, às 21h30, mais um capítulo de uma longa história será escrito. O jogo no estádio José Amalfitani pela Copa Libertadores será o sétimo entre as equipes. São quatro vitórias do Rubro-Negro e duas do Fortín. Contudo, a partida mais lembrada é o da famosa briga em 1995, pela Supercopa Libertadores.
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O Vélez é um dos times mais tradicionais da Argentina. Campeão da Libertadores em 1994, tem 10 títulos do campeonato argentino. Mas a história do clube de Liniers se cruza com a do Flamengo. Principalmente no que diz respeito aos jogadores.
Muitos atletas de destaque no albiceleste também atuaram pelo Mais Querido. São os casos de Mancuso e Canteros. Entretanto, o rival coleciona outros ídolos. Como por exemplo Diego Simeone, Fernando Gago, Carlos Bianchi e o lendário goleiro artilheiro Chilavert.
Os torcedores do Vélez são chamados de Fortíneros, apelido que vem do estádio José Amalfitani. Chamado de El Fortín de Liniers (O Forte de Liniers), o local é um dos grandes “alçapões” do país vizinho. Contudo, os 49.540 lugares estarão vazios desta vez, por conta da pandemia.
Na última década o clube voltou a ter destaque nacional sob comando do técnico Ricardo Gareca. O Vélez conquistou três títulos nacionais e fez boas campanhas internacionais. Mas não repetiu os troféus continentais. Mesmo assim, passou a ser chamado de El nuevo grande (“o novo grande” em espanhol) do futebol argentino.
Vélez e a batalha campal contra o Flamengo em 1995
Em 1995, a Conmebol organizou a Supercopa Libertadores. Foi a oitava edição do torneio que reunia os clubes campeões da Libertadores. Nas oitavas de final, Flamengo e Vélez ficaram frente a frente. Mas o que entrou para a história foi a briga generalizada entre os dois.
O Rubro-Negro vencia por 3 a 0, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Entretanto, aos 46 minutos do segundo tempo, Edmundo deu um tapa no argentino Flavio Zandoná. Foi um revide às provocações. Mas acabou sendo o estopim para uma das maiores brigas do futebol sul-americano em todos os tempos.
Flavio devolveu a “gentileza” com um soco pelas costas do artilheiro. Sem reação, o atacante caiu em campo. Em defesa do camisa 7, Romário, maior estrela do planeta à época, correu em direção ao lateral do Vélez e acertou uma voadora. Assim, o que se viu a seguir foi uma batalha campal.
O Flamengo ficou com a vaga e foi vice-campeão, mas o episódio virou lenda na Argentina. O dia 3 de outubro virou o “Zandonazo” pela torcida do Fortín. O soco em Edmundo está pintado na parede de uma rua que leva ao estádio do clube em Buenos Aires.
O técnico do Rubro-Negro naquele jogo era o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho. Contudo, após o episódio e ainda no gramado, o jornalista/treinador disparou contra o Vélez:
“Na bola não ganham, na porrada não ganham. Se quiserem jogar mais, a gente joga. Mas se quiserem dar porrada, vamos brigar até amanhã de manhã. Não vão ganhar da gente nem no grito, nem na porrada!”, desabafou.
Nesta terça-feira, Flamengo e Vélez voltam a se enfrentar, com transmissão do SBT. Quais histórias serão escritas desta vez?
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