Neste domingo (21), durante a partida entre Real Madrid e Valencia, torcedores do Valencia realizaram ataques racistas contra Vinícius Júnior. Foi o nono caso de racismo contra Vini Jr em jogos do Campeonato Espanhol.
Após grande parte dos torcedores no Estádio de Mestalla chamar Vini de “macaco”, o jovem se envolveu em confusão, recebeu mata-leão do atacante Hugo Duro e, como resultado, foi o único a receber cartão vermelho. O caso gerou indignação internacional e repercutiu em diferentes países.
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No entanto, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, deu declarações absurdas sobre os constantes ataques a Vinícius. Em rede social, Tebas afirma que é “injusto” classificar a Espanha e a LaLiga como racistas. Além disso, cita que o racismo é “um caso extremamente pontual”.
Em reposta a essa e diversas outras manifestações que os casos são ações isoladas, Vini publicou um vídeo em suas redes sociais. Nas imagens, mostra todos os casos de racismo que sofreu em partidas como visitante pelo Real Madrid.
“Não casos isolados, são episódios contínuos espalhados por várias cidades da Espanha (e até em um programa de televisão…. O problema é gravíssimo e comunicados não funcionam mais. Me culpar para justificar atos criminosos também não. Não é futebol, é inumano”, diz parte da postagem de Vini Jr.
Em nota, Real Madrid ataca federação e árbitros
Diante da repercussão mundial dos casos de racismo contra Vini, o Real Madrid finalmente decidiu se manifestar sobre os ataques. Em nota, culpou árbitros e a Federação de Futebol da Espanha (RFEF) pela rotina de atos racistas contra o jogador.
Dessa forma, a nota do clube ataca todo o sistema de arbitragem do futebol espanhol. Além de citar a péssima atuação nos nove casos que Vini sofreu ataques racistas, o clube também critica o árbitro Ricardo De Burgos Bengoetxea e o VAR de expulsar o atleta na partida deste domingo.
Além disso, detona as declarações do presidente da federação, Luis Ruibiales. Isso porque, como chefe do futebol espanhol e do estabelecimento de arbitragem, o presidente não permitiu ações contundentes para punir os racistas e evitar novos casos.
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